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Testament fala sobre turnê com Judas Priest

Por Fabiano Cruz | Em 07/05/2009 - 16:37

Fonte: Blabbermouth


Uma das mais importantes bandas da história do Thrash Metal, Testament, recentemente fez uma turnê juntamente com Judas Priest e Megadeth pelo território norte-americano. Tendo em sua discografia clássicos eternos, inclusive o bem sucedido último álbum Formation of Damnation, o vocalista Chuck Billy e o guitarrista Alex Skolnick falou com o site Blabbermouth. “Você tem que lembrar que nós realmente não tocávamos faz temo muitas músicas, e agora tivemos chances de ensai-a-las novamente durante a tour Priest Fest. Minha voz mudou durante esses anos desde que nós começamos a gravar, então tivemos que fazer muitas alterações, como diminuir a afinação das guitarras” explica Billy como estão as músicas ao vivo atualmente. “Começamos em diminuir a afinação em poucas músicas, então percebemos que elas ficaram mais’vivas’ e soaram grandiosas, e realmente nos divertimos em tocar todos os sons antigos novamente”, completa Skolnick.

 

Mas não somente da sonoridade atual da banda Billy fala. “A turnê inteira foi absolutamente grande e todo mundo ficou satisfeito. Estamos a bastante tempo fazendo isso. Algumas vezes a banda teve probleminhas com a produção ou com o som, por causa que nós ficamos apreensivos, mas nós fazemos o que fazemos e o Priest o que eles fazem, nada mais do que isso. Aqui não teve grandes egos e o Judas Priest e Rob Halford são grandes anfitriões”, comenta Billy sobre a convivência com a banda principal do evento. Skolnick completa dizendo ‘que a turnê foi bem divertida e nós não tivemos que provar nada a ninguém, nós estamos na estrada fazendo isso por 25 anos”.

 

Mas a turnê teve também Dave Mustaine, bem conhecido pela sua difícil personalidade. “Dave e eu estamos nos conhecendo por um longo tempo, e ele sem dúvida é uma personalidade muito intensa. Ele é muito interessante e, as vezes durante a turnê, ele vinha me pedir algumas dicas”, diz Skolnick. Perai. Dave Mustaine pedindo dicas de guitarra ao Skolnick? “Toco numa orquestra de jazz quando não estou com o Testament e como temos estilos diferentes, Dave vinha me pedir ajuda em acordes de jazz. O que vocês precisam saber sobre o Mustaine é que ele sempre está desejando improvisar e a cada álbum que ele grava, é como se fosse o primeiro da carreira. Isso é só um pouco do jeito que ele é”.

 

O Testament é bem conhecido por seus álbum clássicos, uma banda que nunca se vendeu a mídia, mas sempre esteve em alta, inclusive por seus fãs. “Nós acreditamos que cada gravação que fazemos pode ser o ‘big one’, mas algumas vezes as coisas saem diferentes. Quando assinamos com a Atlantic na época do Practice Watch Your Preach, foi provavelmente a melhor oportunidade para isso. Tivemos muita pressão sobre nós para vir com um single e não foi um compromisso difícil”, lembra Billy. “Verdade. Para mim, sempre desejamos ouvir uma boa produção, e o Black Álbum [Metallica] teve isso. Gosto dele, pois é pesado o suficiente mas com uma grande produção. Atualmente espero e acredito que eles voltarão a fazer músicas pesadas novamente, mas não vão”, completa Skolnick, filosofando a tênue linha que tem entre um som pesado e uma boa produção de um álbum de Heavy Metal.

 

Mas na carreira do Testament, teve sim álbuns que a banda mudou um pouco a direção do material da banda, como o álbum Demonic. “Foi realmente difícil para o Metal, pois era basicamente underground na época. Tivemos também mudanças no line-up da banda, e foi realmente difícil ser criativo. Sempre tento fazer as melhores músicas e experimentar um pouco com os três tipos de vocais que faço, que tenho trabalhado a anos. O novo trabalho foi diferente, nós decidimos que as guitarras e a bateria soassem realmente grandes e também que eu cantasse um pouco mais melodiosamente”.

 

Skolnick, sendo um dos mais técnicos e influentes guitarristas do Heavy Metal, fala sobre seu instrumento atualmente. “Por um tempo, me senti como uma ‘ovelha ‘negra’, por causa da minha influência calcada em Van Halen e Randy Rhodes. Recentemente estava ouvindo trabalhos das bandas 80s, como Ratt e Dokken, e a guitarra nessas bandas é realmente grande, imagina numa banda atual de Speed Metal!”. E os bateristas dos Testamnet não ficaram de fora da análise. “Louie Clemente veio primeiro e ele foi muito diferente com suas técnicas, e John Tempesta é espetacular também. Paul Bostaph é muito mais baterista para o Testament: ele trabalha incrivelmente duro e realmente nos ajuda em muitas coisas. Atualmente não acreditamos o quão rápido ele aprendeu todo nosso material, como ele fez no Slayer também; isso só mostra o quão profissional ele é”, relembra Billy dos bateristas que já passaram pela banda.

 

Terminado, ambos fazem um parâmetro entre as turnês de começo de carreira e a atual. “Nos velhos dias o ônibus da turnê era uma grande festa: era muita música rolando, fumaça por todos os lados e filmes pornô na TV, era praticamente um zoológico. Pratico corrida e preciso de cinco dias da semana para isso”, Billy dizendo sobre como era antigamente. “Temos grande respeito um pelo outro agora. O Ônibus hoje é um grande santuário, e agora não podemos fazer grandes festas mais. Não pratico corrida, mas também não sou sedentário; pulo corda e faço exercícios com bolas e halteres”, completa Skolnick, mostrando que a realidade atual da banda é outra hoje em dia.

 

Um pouco da história e da turnê com o Judas dessa que é uma das maiores bandas do Thrash Metal



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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