Resenhas

My Dying Bride - 2009 - For Lies I Sire

Por Fabiano Cruz | Em 13/04/2009 - 18:59
Fonte: Alquimia Rock Club

O My Dying Bride é uma das mais aclamadas bandas do Doom Metal. Sempre mesclando em seu som denso e obscuro, elementos do Death Metal e alguns experimentalismos, esse novo álbum mostra a banda mais coesa, tanto no som como nas letras. Em primeiro destaque, a banda está com uma nova formação: ao lado de Aaron Stainthorpe (v), Andrew Craighan e Hamish H. Glenncross (g), entrou na banda o baterista Dan "Storm" Mullins, a baixista Lena Abé e a tecladista e violinista Katie Stone. Sim, violinista. A banda resgata as tradicionais melodias sinistras e melancólicas que tinham deixado de lado após a saida de Martin Powell. Além desse resgate na sonoridade, outro destaque evidente são as letras de Aaron: cada vez mais complexas, nesse álbum ele retoma com toda força seu lado poético e algumas técnicas vocais nunca usadas antes (ele faz em algumas músicas um meio termo entre o vocal melancólico e gutural, num resultado um tanto quanto experimental, mas de ótimo resultado)

 

My Body, A Funeral, abre o álbum e mostra como ele soará por inteiro, uma síntese do trabalho. Fall With Me e Bring Me Victory mostra um My Dying Bride mais grandioso em seu som, enquanto a A Chapter in Loathing volta ao passado da banda com a voz voltada ao gutural. A faixa título tem uma das letras mais belas e mórbidas que já vi (baseada nas profundezas da alma humana), enquanto Santuário de Sangue mostra os experimentalismos nas melodias das guitarras e no violino. O álbum fecha com Death Triumphant: riffs poderosos, um violino inquieto, que nos deixa atormentado em seus poucos mais de 11 minutos, como uma perfeita música do My Dying Bride tem que ser. E a bela arte do álbum (sempre a banda dando uma devida atenção a esse ponto), completa o clima que as músicas deixa solto no ar.

 

Um álbum que agradará os fãs que vem acompanhando a banda a tempos, mas talvez desagrade alguns, pois esse é um álbum que não é voltado ao lado mais Metal da banda (mesmo que a já citada A Chapter in Loathing relembre o ocmeço onde eles misturavam algo de Death Metal no som), mas sim ao lado mais melodioso e obscuro da banda

 

 

 



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




blog comments powered by Disqus