O guitarrista Michael Amott se tornou uma das figuras mais importantes do Heavy Metal, afinal um dos fundadores do Carcass e do Arch Enemy sempre está trabalhando e mostrando sua criatividade inesgotável. Quando saiu do Carcass ele montou logo após o Spiritual Beggars, uma banda que com seu Stoner Metal faz uma verdadeira homenagem ao som e bandas setentistas. Completando  o time com músicos que qualidade indiscutível, como o também incansável baixista Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate, Arch enemy, Witchery), o tecladista Per Wiberg (Opeth), o baterista Ludwig Witt (Firebird) e o grego estreante Apollo Papathanasio, a banda lança o Return to Zero, o sétimo da discografia da banda.


Pois bem, esqueçam as sonoridades extremas que metade faz em outras bandas. Após uma psicodélica introdução que leva o nome do disco, Lost In Yesterday chega com o peso e melodias típicas de bandas Hard Rock dos anos Setenta que fazem a nossa cabeça, e esse é o tom do disco. Não tem como não lembrar os riffs de Iommi e companhia nas “sabbathicas” We Are Free e Dead Weight; outras são “hardaças” lembrando Deep Purple ou MSG: escute Coming Home e Concrete Horizon. Apesar dessas homenagens sonoras, em momentos a banda mostra uma sonoridade própria, mas sem largar suas influências tão claras, como em A New Dawn Rising, The Chaos Of Rebirth e na balada The Road Less Travelled. A única que difere um pouco do disco todo é na criativa e melancólica Spirit of the Wind.


As composições são de uma qualidade indiscutível e os timbres foram muito bem escolhidos, principalmente pelo Amott e pelo Wiberg. Um ótimo disco que pode abrir as portas para ouvintes novos a bandas antigas. E espero que não demorem mais 4 anos para lançar algo novo
 

Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.