Resenhas

Death Angel - 23.10.2010 - Clash Club - SP

Por Fabiano Cruz | Em 25/10/2010 - 21:09
Fonte: Alquimia Rock Club

Casa pequena sem grade ou seguranças entre o palco e um público fiel ao Thrash Metal oitentista. So poderia dar como resultado uma apresentação cheia de energia por parte de fãs e banda e vários, mas vários Stage Dives, headbanging e rodas; um clima total da Bay Area dos anos oitenta. Resumidamente, foi a apresentação de São Paulo da turnê do Death Angel no Brasil que ocorreu na casa Clash Club. Marcado para a banda subir ao palco 21:15, às 18:00 a casa já estava aberta, pois teríamos duas bandas de abertura. Apesar do público não ter dado a atenção ao “sangue novo” que tocou antes do Death Angel, ambas fizeram sua “lição de casa”. A primeira foi Sakramento, com seu Thrash mais voltado ao estilo europeu, enquanto o Fúria V 8 nos trouxe algo mais próximo das bandas clássicas nacionais. Ambas tem uma “molecada” no comando e são boas bandas; se continuarem com seriedade seus trabalhos, futuramente serão nomes na cena nacional.


Em torno de 20 minutos de pausa para preparar o palco para o Death Angel, o que parecia que ia ficar vazia a casa fica cheia (o que cabe em torno de 500 pessoas), e ao soar a pequena intro, a banda entra com I Chose the Sky, de seu novo trabalho. E quem achou o disco mediano – muita gente e crítica especializada afirmaram isso – não se mostrou com a certeira música de abertura, que acendeu o estopim do barril que explodiu ao som da clássica Evil Priest. Um festival de "stage diving" que em nenhum momento o público foi impedido de parar, e ainda contava com o apoio da banda. Aliás, a banda não para um minuto no palco! A performance dos guitarristas Rob Cavestany e Ted Aguilar é surreal! Não param um minuto e o entrosamento ao vivo chega a perfeição. E o vocalista Mark Osegueda, ora balançando seus gigantescos dreads, ora com uma garrafa de vodka na mão, incentivava o publico mais ainda a agitar ao som da banda. Buried Alive e Voracious Souls foram tocadas antes de uma dupla do novo trabalho: Relentless Retribution (faixa que da nome ao trabalho) e Claws in So Deep, mostrando o quão fortes as novas composições são ao vivo.


A banda mostrando simpatia e alegria vendo ao fãs agitarem sem parar mandam a trinca de clássicos Seemingly Endless Time, Stop (dobradinha que também abre o cultuado disco Act III) e Third Floor, um dos pontos altos da apresentação; que foram seguidas da pancadaria This Hate. A “cozinha” nova da banda, formada pelo baterista Will Carroll e pelo baixista Damien Sisson mostraram ser os caras certos para ter entrado no Death Angel; aliás, Sisson agita demais! “Bangeava” com o público e jogava seu baixo para quem estava rente ao palco tocasse nele, fora uma técnica impressionante que ele tem ao vivo. Thrown To The Wolves, Lord of Hate, Falling Asleep e mais uma nova, Truce, foram mandadas sem nenhum descanso, dado pelo vocalista para apresentar a banda e anunciar a próxima música como “a verdadeira descrição pela energia que estou sentindo hoje nesse show” e tocaram a mais que clássica Thrashers, criando um verdadeiro frenesi na pista. E continuou com a pancadaria Bored e terminando sua apresentação com Kill as One, com o Osegueda dando um "stage diving"! Mais thrash impossível!


Um show perfeito, como tem que ser uma apresentação de uma banda clássica do Thrash da Bay Area. As novas composições, como já disse, se mostraram bem fortes ao vivo e com os integrantes novos a banda conseguiu uma energia a mais para se apresentar ao vivo. Apesar do local de pequeno porte, antes de começar o show confesso que fiquei com um pé atrás, mas mostrou ser uma excelente opção para shows de Heavy Metal mais intimista como esse (o que muitos que estavam lá e viram no mesmo local o Exodus tempos atrás, confirmaram isso). O seleto público que estava lá viu um dos shows mais energéticos do ano, e que o Death Angel – como outras bandas da Bay Area – voltem mais vezes em apresentações como essa!


 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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