Resenhas

16ª Manifesto Party com Sepultura -  11.12.2010 - São Paulo

Por André BG | Em 16/12/2010 - 15:01
Fonte: Alquimia Rock Club

O Manifesto bar comemorou em grande estilo seus 16 anos de existência nesse ultimo Sábado, recebendo ninguém menos que o Sepultura, o maior ícone do metal nacional, para celebrar essa grande festa com casa cheia tocado o clássico álbum Arise de 1991 na integra, algo jamais feito pela banda mesmo na turnê do disco. Já passava da uma da madruga e o publico presente estava bem ansioso, e apesar do grande show que estava prestes a começar uma coisa precisa ser dita. A organização do evento só divulgou o horário da abertura da casa (22:00) e o horário da apresentação ninguém sabia informar, já que no ingresso informava o pouco provável horário de 23:59, (muito estranho). Mas não demorou muito e o Sepultura entrou em cena com a clássica intro usada na turnê do Arise, seguida da faixa titulo do álbum e Dead Embrionic Cells, Desperate Cry e Murder, exatamente na mesma seqüência do trabalho, sendo que essa ultima jamais tinha sido tocado ao vivo, com os fãs simplesmente indo à loucura. E não é pra menos, já que não é sempre que se tem a oportunidade de ouvir ao vivo um álbum clássico desses na integra.


O show seguiu com as pauladas Subtraction, Altered State e Under Siege (Regnum Irae), tudo isso num palco pequeno e muito próximo do publico, e por causa disso o Manifesto passa um clima muito legal e familiar para publico, que agitavam sem parar todas as musicas em frente ao palco; inclusive os integrantes da banda Sueca Watain, destaque na cena mundial de Black Metal, que havia tocado a poucas horas no Inferno Club, e compareceram para prestigiar esse grande show - isso mostra que apesar de mudanças na formação e no som o Sepultura ainda tem muito prestigio no Metal Extremo. Sem muita conversa mandam Meaningless MovementsInfected Voice e a versão de Orgasmatron do Motorhead, que segundo palavras do guitarrista Andreas Kisser, já podemos até considerar o Sepultura como co-autor dessa musica, de tão boa que ela ficou e de tanto que ela foi tocada por eles ao longo dos anos. Apos tocarem todo o Arise, ainda tocaram mais velharias, para delírio de todos. Mandaram um trecho de Septic Schizo emendada com Escape To The Void e pra fechar Refuse/Resist e Inner Self. Isso mesmo! Não tocaram Roots Bloody Roots, mas também depois de mandar o Arise na integra não precisava de mais nada. Foi um show curto, mas com muita energia, e um saldo final muito positivo, pois apesar de muitos ainda torcerem o nariz, essa atual formação simplesmente detona ao vivo. Derrick Green, apesar de ter um vocal muito distinto de seu antecessor Max Cavalera, conseguiu dar conta do recado interpretando muito bem as musicas antigas. O Sepultura prepara um disco novo para 2011, é esperar para ver. E por que não mais um show com outro clássico na integra, Beneath The Remains? Chaos A.D.? Nation? Quem Sabe?
 
 



André BG



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