Resenhas

Apocalypse - 07.01.2011 - SESC Vila Mariana

Por Fabiano Cruz | Em 11/01/2011 - 17:16
Fonte: Alquimia Rock Club

O SESC Vila Mariana tomou iniciativa nesse começo de ano e mostrar ao público paulista a cena Rock do Sul do país num evento chamado Pampa Rock, e como primeira banda, trouxeram uma das mais respeitadas bandas do Rock Progressivo nacional, o Apocalypse. Prestes a lançar um box comemorativo de 25 anos de banda e que contará com o novo trabalho 2012: Light Years From Home, a banda aceitou o convite e fez o último show da turnê do excelente trabalho  The Bridge of Light.


Com um palco simples e sem muita parafernália instrumental – quem ta acostumado a ver Eloy com seus vários teclados, tocou somente com dois dessa vez – a banda sobe aos palcos após um intro e um atraso, pois uma pequena falha na guitarra de Ruy atrapalhou o começo da apresnetação. Resolvido a banda toca Ocean Soul de seu último trabalho. Um parecer: ao lado dos irmãos subiram para se apresentarem Gustavo Demarchi – numa entrada “a lá” Peter Gabriel, uma de suas influências musicais, inclusive com uma máscara de personagem – e o baterista Fabio Shneider. Faltou – não sei o porquê – o baixista Magoo Wise, onde Eloy ficou a cargo também dos graves em seus teclados. Ruim? Não, Eloy tomou conta do recado, porém para quem é baixista como eu sente uma grande diferença. Bem, da primeira parte de Brigde of Light a banda mandou a belíssima Last Paradise e, após ela, tocou na íntegra a parte conceitual do disco: To Madeleine, Escape, Welcome Outside, Meeting Mr. Earthcrubbs – nessa uma legal participação do público -, Follow the Brigde e a balada Not Like You. Gustavo é um frontman de mão cheia: interpreta com emoção as letras das canções e de quebra auxilia a harmonia com violão em umas músicas e toca flauta em outras.


Mas o que rouba a cena sempre é Eloy. O cara, mesmo sobrecarregado com a falta de um baixo e com equipamento reduzido, tocou absurdamente perfeito! Após as canções conceituais, a banda toca Blue Earth e Refuge; canções da carreira da banda que são muito progressivas, um contraste ao trabalho de Bridge of Light, que tem pitadas de coisas mais Heavy e atual. E para terminar, no bis, Next Revelation.


Uma apresentação que, apesar de pequenos problemas, a banda soube driblar eles e fizeram uma ótima apresentação. Os pontos negativos mesmo ficou por conta do baixo público paulista (pela história que a banda tem e pelo histórico de shows que o SESC Vila Mariana fez ano passado que reuniu nomes do Progressivo como Som Nosso de Cada Dia e Violeta de Outono, esperava casa cheia) e do curto tempo de show, pois ficou aquele gosto de “quero mais” (os shows no SESC raramente passam de pouco mais de uma hora). Esperamos agora o lançamento do Box e que a banda volte para São Paulo com um novo show!


 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 


 

 

 







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Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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