Resenhas

Os Replicantes - 14.01.2010 - SESC Vila Mariana

Por Fabiano Cruz | Em 17/01/2011 - 15:26
Fonte: Alquimia Rock Club

Na Sexta dia 14 de Janeiro, continuando a apresentação de bandas gaúchas no SESC Vila Mariana, foi a vez de uma das mais importantes bandas do cenário Punk Rock do Brasil, Os Replicantes. Apesar da chuva sem trégua em terras paulistanas e a tão massacrada nova formação pelos fãs, com Julia Barth na voz, não imaginei casa cheia, conforme a apresentação do Apocalypse na primeira sexta-feira do ano; mas chegando lá os ingressos estavam esgotados e ainda havia um monte de gente esperando algum ingresso cair “do céus” para ver a apresentação dos Replicantes.


Com um pequeno atraso, a banda que conta com Cláudio Heinz na guitarra, Heron Heinz no baixo e Cleber Andrade na bateria, formação que não muda a anos, e com a já citada Julia na voz, começa o show meio timidamente com duas clássicas logo de cara: Boy do Subterrâneo e O Futuro é Vortex. O público, também estava um pouco tímido, de começo  algumas pessoas nos corredores laterais agitavam devagar, ainda mais porque a nova Maria Lacerda – com uma letra pra lá de protestante – do recém lançado disco Os Replciantes 2010, ainda não estava na cabeça do povo; mas com a dobradinha Sandina e Pra Ver Se Eu Conseguia, o público se animou e  a  banda já se soltava mais no palco.


Mais uma nova, De Sul a Norte, abre espaço para Astronauta, PIn-up e Papel de Mau. A essa hora, a banda que começou meio apreensiva, já estava totalmente solta em palco, inclusive Julia. Muitos reclamaram da substituição de Wander Wildner por ela, mas Julia se mostrou uma verdadeira “frontwoman” em palco, inclusive agitando e sem mudar em nada o sim cru e visceral da banda, inclusive as novas músicas, ao vivo, resgatam muito do que a banda fez no começo de carreira. Sem delongas e pausas, a banda ataca com mistérios, Sangue Sujo – mais uma nova – e Hippie-Punk-Rajneesh. Os poucos que estavam agitando pela lateral começaram a tomar espaço sem nenhuma vergonha no pequeno espaço à frente do palco e em poucas palavras antes do clássico Motel da Esquina, tanto banda como fãs já estavam agitando como um show de Punk tem que ser! Nicotina foi uma verdadeira paulada nos ouvidos! A apresentação termina com os maiores clássicos da banda: Surfista Calhorda e Festa Punk, levando os fãs a fazerem uma verdadeira festa no auditório do SESC Vila Mariana.


Um show curto, mas certeiro. Para quem pensasse que a banda mudaria sua agressividade por causa de uma mulher no comando, se enganou plenamente. Até porque, como já foi dito, a Julia agita bastante em palco. E falar do restante... bem, já são 25 anos de banda; apesar do som simples, como um som Punk tem que ser, a banda ta afinadíssima, mostrando que tem muito ainda para mostrar. Esperamos agora que os Replicantes voltem a São Paulo e façam uma apresentação num lugar menos “conservador” para que banda e fãs agitem pra valer!


 

 

 

 

 

 



 

 

 

 

 

 


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Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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