Resenhas

Motorhead - 2011 - The World Is Yours

Por Fabiano Cruz | Em 06/02/2011 - 20:19
Fonte: Alquimia Rock Club

Aumentem o volume! Peguem as cervejas e o whiskey! Tirem as crianças da sala! Tudo isso porque uma das mais fodas bandas que a história do Rock'n'Roll voltou com tudo! The Wörld is Yours é o novo trabalho do Power (literalmente power) Trio "Lemmy" Kilmister, Phil Campbell e Mikkey Dee. Com alguns problemas durante as gravações, como o falecimento do pai de Campbell e alguns trabalhos extras de Mikkey, Lemmy compôs praticamente sozinho todo o material aqui apresentado, deixando o disco totalmente a sua cara, e quem acompanhou a produção do disco e viram os pequenos percalços devem ter pensado de afetaria a qualidade que o Motörhead tem em seus discos. Que nada! É uma das maiores pauladas que a banda já lançou!


The Wörld is Mine abre o disco com uma energia poderosa que em nenhum momento cai. A simplicidade da guitarra de Campbell, a pancadaria de Mikkey Dee e a vos carregada de Whiskey 18 anos e o baixo distorcido fazem miséria no trabalho. As canções dão uma verdadeira aula a muitas bandas ai que se dizem Rock, como Devils in My Hands, I Know How to Die e Rock'n'Roll Music (essa inclusive com uam “alma” Rock'n'Roll que falta em inúmeras bandas que se dizem que faz o estilo hoje em dia). Campbell não participou efetivamente da criação do sons, mas seus riff e solos são perfeitos, como em  Waiting for the Snake. Lemmy arriscou algumas vocalizações diferentes que soaram no mínimo interessantes, como na pesada e gravíssima Brotherhood of Man (por isso é a faixa que mais destoa das outras) E não tem como segurar as risadas das letras de Lemmy. Get Back in Line vai deixar muitos religiosos de “cabelos em pé” enquanto  Bye Bye Bitch Bye Bye, faixa que termina o disco, traz Lemmy contando mais de suas “aventuras amorosas” (as letras podem parecer um pouco machistas e cruéis, mas são coisas que todo mundo já passou, simplesmente mostram a realidade, doendo ou não).


O Motörhead ousou tambem no lançamento. Em dezembro passado foi lançado conjuntamente na Inglaterra com a revista Classic Rock e teve seu lançamento mundial em 2011 no selo da própria banda, Motörhead Music. O Motörhead pode ser daquelas bandas que mal mudam seu estilo, ousando em um ou dois sons por disco, mas isso que a faz uma das maiores de Rock que existe; e numa evolução clara desde Bastards, a banda vem lançando álbum cada vez melhor. Depois de Motörizer, eu mesmo não acreditei que se superariam nessa altura da carreira, mas me enganei e esse disco so mostra que a banda tem muita coisa a mostrar ainda. E como diria Rock'n'Roll Music: “Rock n Roll music is the true religion. Never let you down you can dance to the rhythm”.



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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