Resenhas

Musica Diablo - 2010 - Musica Diablo

Por André BG | Em 23/02/2011 - 12:53
Fonte: Alquimia Rock Club

Entre tantos projetos e parcerias surgidas no metal ultimamente, fica meio complicado se surpreender com algo novo; muitas coisas legais foram feitas e outras nem tanto (dependendo do gosto pessoal de cada um é claro), mas um projeto que vem merecendo destaque aqui no Brasil é com certeza o Musica Diablo. A banda é formada por músicos que já tem uma boa bagagem no undergroud nacional, como o guitarrista e fundador Andre NM (Nitrominds), seu companheiro de Nitrominds Edu Nicollini (bateria), Ricardo Brigas (baixo, Siegrid Ingrid) e o recém chegado guitarrista Andre Curci (Threat), e nada mais nada menos que Derrick Green do Sepultura nos vocais. Apesar da simplicidade do som que não traz nada de muito novo, os caras conseguiram ser bem criativos, a começar pelo nome, já que em algumas culturas a palavra Diablo significa divisor (diferente do que aparenta ser), e também pela arte da capa, que foi feita por Gustavo Sazes, que já trabalhou para bandas como Arch Enemy, Good Forbid e Old Man’s Child.


Saindo em duas versões diferentes, uma nacional e outra Européia, a produção ficou a cargo de Rafael Ramos que já produziu álbuns de bandas como Matanza e Nitrominds, sendo um velho conhecido de Andre NM e Edu Nicollini. E esse álbum de estréia que não chega aos 35 minutos, mas contagia do começo ao fim nas suas 11 faixas, trazendo uma mistura empolgante e grudenta do Thrash Metal oitentista com o Hardcore, sendo chamado por muitos de Jurassic Thrash Metal. Logo de cara com Sweet Revenge já podemos perceber um Derrick Green cantando muito como sempre, e essa é uma das melhores coisas que o Musica Diablo mostra, calando a boca de muita gente, pois aqui podemos perceber que o cara vai muito alem do que podemos imaginar; e isso é legal, pois quando ele entrou no Sepultura ninguém conhecia muito seu potencial fora da banda, e agora mostra diferentes formas de cantar como em Live To Buy e em Underlord - essa com toda a certeza uma das melhores do CD. E na seqüência mais paulada com Work Out e Lifeless, que começa com um som de guitarra a lá Slayer, mas tem um refrão bem na linha do Exodus. E por falar em Exodus, não podemos deixar de destacar os riffs de guitarra, e bons riffs aqui é o que não falta: ouça as musicas The Flame Of Anger e Twisted Hate e tente ficar com o pescoço parado. Impossível! E esse efeito ocorre da primeira até a última faixa; portanto prepare seu pescoço. A faixa The Rack fecha esse primeiro petardo do Musica Diablo e você fica com aquele gostinho de quero mais, de tão empolgante que o álbum é, ai o jeito é apertar o play novamente e ouvir tudo mais uma vez e depois mais outra e depois mais outra... E bem alto!
 



André BG



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