Resenhas

Magic Pie - 2011 - The Suffering Joy

Por Fabiano Cruz | Em 09/03/2011 - 21:04
Fonte: Alquimia Rock Club

Enquanto os “medalhões” do Rock Progressivo deixam os fãs do estilo - e de boa música – apreensivos por esperarem seus lançamentos esse ano (leia-se: novos trabalhos de Yes, Van Der Graaf Generator, Uriah Heep entre outros), as bandas mais novas vão deixando a chama acesa – como vocês podem ver acompanhando as resenhas do Alquimia Rock Club. E uma dessas bandas lançou um trabalho que figurará entre os melhores discos do estilo nesse ano e colocará a banda no topo do progressivo atual. A banda é a Magic Pie e o trabalho é seu terceiro disco recém lançado The Suffering Joy


Uma verdadeira obra de arte, não tem como descrever a não ser isso. Calcado no Progressivo mais clássico, a banda faz um som antigo sem tirar os pés de uma produção bem atual. E uma pequena diferença que faz o Magic Pie se destacar: o grande espaço que a banda dá às guitarras (aqui representadas pelos guitarristas Eriikur Haukssone Eirik Hanssen), indo ao contrário da maioria das bandas do estilo que fazem seus trabalhos com teclados e sintetizadores aparecendo em peso (aliás, é perfeito quando as guitarras se gladiam em certos momentos do disco com os teclados de Gilbert Marshall). O destaque fica óbvio para a faixa de abertura A Life’s Work, dividida em quatro partes; uma composição que vai da simplicidade de abertura com a primeira parte chamada Questions Unaswered, passando pela caoticidade de Overture até cair nos 17 minutos da parte final The Suffering Joy, que tem um trabalho magnífico de construção harmônica. Outros destaques ficam por conta da energética e poderosa Headlines (que introdução belíssima!), da curta balada Endless Oceans (os violões ao fazer até o mais bruto se apaixonar) e na meio atmosférica In Memorian.


Junto com a belíssima capa e uma produção cristalina, o disco mostra a clara evolução que a banda teve desde seu primeiro trabalho (não é a toa que vem se destacando cada vez mais no cenário progressivo). E no meio de tempos que muitas bandas de vários estilos abaixam afinações e soam obscuras e melancólicas, o Magic Pie consegue nos trazer uma sonoridade dinâmica, alegre e esperançosa (esse último quesito principalmente pelas letras). Um disco que merece estar na prateleira de fãs de Progressivo e de boa música!
 



Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.




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