Após cinco anos de sua última passagem pelo Brasil que ocorreu em 2006, os reis do Thrash Metal Slayer retornam ao Brasil em uma noite de Quinta-Feira fria e chuvosa em São Paulo, para destruir tudo com a turnê de seu mais recente trabalho World Painted Blood (2009). Além das músicas do mais recente trabalho, os caras também trazem como novidade a presença do guitarrista Gary Holt (Exodus), substituindo temporariamente o grande Jeff Hanneman, impossibilitado de tocar após contrair uma infecção no braço em decorrencia de uma provável picada de uma aranha marrom. E para fazer a abertura ninguem melhor que a banda que é apelidada por muitos como Slayer brasileiro; estamos falando do nosso grande Korzus! E os caras não decepcionaram mandando um set list curto (apenas 30 minutos), mas de respeito. Começando com pauladas como Discipline of Hate, faixa título de seu mais recente petardo lançado em 2010, que vem sendo elogiado por público e mídia especializada no mundo todo; e foi calcado nesse álbum que os caras seguiram seu set, tocando sons como Truth e Rayse Your Soul, todas muito bem recebidas pelo publico presente, que ja era bem grande naquele momento. Ainda mandaram What Are You Looking For do Ties of Blood (2004), que teve seu refrão cantado por todos ali presentes, comandados pelo sempre carismático vocalista Marcello Pompeu. Por volta das 21:30 o Korzus fecha seu show com Never Die, mais uma paulada do album Discipline of Hate. Apesar de não ser a atração principal da noite, ficou bem claro pela ótima reação do publico, que o Korzus merecia ter tocado mais que 30 minutos.


Após o final do show do Korzus o palco foi rapidamente preparado para o Slayer, com aquela simplicidade característica dos caras, sem frescuras, apenas um simples pano de fundo em preto e branco já é o suficiente para a banda que jamais irá nos decepcionar dar uma verdadeira aula de como se fazer um show de Thrash Metal. Começando por volta das 22:00 com Word Painted Blood seguida de Hate Word Wide, duas do mais recente trabalho, foram o cartão de visitas do que viria pela frente. War Ensemble foi o primeiro clássico da noite; até ai o som do Via Funchal ainda não estava muito bom como sempre costuma estar, mas eis que o único fator negativo do show ocorre: já no final da música, o som simplesmente sumiu, restando apenas o barulho da bateria de Dave Lombardo e o público, que se encarregou de cantar o restante da musica; nem é preciso falar que a galera xingou muito o Via Funchal, e com toda razão, já que o valor do ingresso para ver um show ali é sempre grande. Obviamente que esse problema não foi o suficiente para estragar o show, e após alguns minutos e sem muita conversa os caras retornam ao palco para dar continuidade a avalanche de clássicos como Postmortem e uma trinca de porradas dos anos 90, começando com Temptation, Dittohead e Stain of Mind, seguidas de Disciple e Bloodline do album God Hates Us All; haja pecoço!


Dead Skin Mask serviu para dar uma breve cadenciada, para então mandarem mais uma sequência de pauladas para abrir mais rodas na pista do Via Funchal, com Hallowed Point e The Antichrist (essa é simplesmente uma covardia com nossos pobres pescoços)! As mais recentes Americon e Payback antecederam a primeira trinca de clássicos dos anos 80, que foram Mandatory Suicide, Chemical Warfare e Ghosts Of War; é chover no molhado dizer que os fãs simplesmente foram a loucura nesse momento, assim como em Seasons in the Abyss com seu começo sombrio e clima denso que tomou conta do Via Funchal, tendo seu refrão cantado por totos ali presentes. Aliás, Seasons in the Abyss foi o álbum que mais teve musicas executadas na noite, um total de cinco músicas; não que elas não fossem ótimas e dignas de estarem em um setlist do Slayer, como todas as músicas deles são, mas bem que poderiam ter tocado alguma do Hell Awaits ou do Christ Illusion. Snuff foi a última do World Painted Blood, pois o show já se aproximava do final, e dali pra frente apenas clássicos das antigas, como South of Heaven com sua introdução macabra seguida de Raining Blood, pra muitos o maior classico do Slayer. Black Magic foi executada com perfeição, antes do grande final com Angel of Death, para definitivamente matar quem ainda estava vivo! Nesta noite o Slayer simplesmente mostrou mais uma vez por que é, e sempre vai ser, a banda que jamais irá nos decepcionar.
 

SetList:
01. World Painted Blood
02. Hate Worldwide
03. War Ensemble
04. Postmortem
05. Temptation
06. Dittohead
07. Stain of Mind
08. Disciple
09. Bloodline
10. Dead Skin Mask
11. Hallowed Point
12. The Antichrist
13. Americon
14. Payback
15. Mandatory Suicide
16. Chemical Warfare
17. Ghosts of War
18. Seasons in the Abyss
19. Snuff
20. South of Heaven
21. Raining Blood
22. Black Magic
23. Angel of Death


(As fotos foram tiradas do site http://www.slayerbr.net/)

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André BG

Atual Editor Chefe

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