Resenhas

Sepultura - 2011 - Kairos

Por André BG | Em 19/06/2011 - 22:13
Fonte: Alquimia Rock Club

Dois anos após o lançamento de seu ultimo album A-lex (2009), o Sepultura lança Kairos, seu primeiro trabalho pela gravadora Nuclear Blast e com a produção do gabaritado Roy Z (Judas Priest, Halford, Bruce Dickinson, Hellloween entre outros). Mais um petardo de respeito, que mostra uma banda eficiente como sempre, mas agora fazendo um som mais Thrash como no começo dos anos 90, mas sem soar saudosista, ou querer copiar eles mesmos, como seu ex-vocalista Max Cavalera sempre tentou fazer depois que saiu da banda em 1996 e sempre vem tentando fazer, ora com o Soufly, ora com o Cavalera Conspiracy (que até faz um som legal, mas não traz nada de original como se espera dos irmãos Cavalera). Já em Kairos, vemos um Sepultura fazendo Thrash, mas soando original e diferente das demais bandas do estilo, fazendo desse um trabalho diferenciado e de muita personalidade (como ja é de costume do Sepultura), e diferente dos dois últimos álbuns conceituais. Kairos, que em grego significa um momento do tempo não cronológico, tem como conceito a própria historia da banda, que esta na casa dos 27 anos de estrada. A versão de luxo do álbum ainda tras um DVD com um documentário com o making-off das gravações do disco. E como se trata de um exelente trabalho da maior e melhor banda de Metal do Brasil, o Alquimia Rock Club preparou uma avaliação faixa a faixa do álbum, confiram abaixo!


01- Spectrum
Esta paulada que abre o trabalho começa com um riff de guitarra furioso e com uma batida forte da batera; aqui  ja temos uma boa amostra do que esperar do restante do álbum: ótimos riffs e solos de guitarra, cozinha precisa e Derrick Green com sua voz particular cantando muito como sempre.


02- Kairos
Faixa que da nome ao trabalho, poderia facilmente ser a faixa de abertura por conta de seu começo marcante e refrão grudento; óbvio que vai ter presença garantida nos setlist de toda a turnê de divulgação.


03- Relentless
Pelo som da bateria no começo poderia muito bem estar no clássico Chaos A.D. de 1993, mas um detalhe que não pode passar despercebido aqui são os solos de guitarra de Andreas Kisser; muito inspirado, o cara faz solos que não devem em nada para os grandes classicos da banda.


04- 2011
Uma introdução para faixa seguinte.


05- Just One Fix
Cover do Ministry, o Sepultura é bem acostumado a gravar músicas de bandas de estilos distintos, e mais uma vez os caras nos brindaram com uma otima versão, mais curta e pesada que a original. Mesmo não sendo muito fã do Ministry devo adimitir que Just One Fix é uma boa música, mas que me perdoem os seus fãs, mas o Sepultura é muito mais banda e fez muito melhor.


06- Dialog
Mais cadenciada que as demais, mas com bases muito pesadas e Andreas Kisser se superando mais uma vez nos solos.


07- Mask
Com certeza uma das melhores músicas que os caras já fizeram, com solos e riffs furiosos logo no começo que nos farão lembrar de grandes clássicos do Sepa. Aqui os caras parecem estar comendo os instrumentos com farinha, tamanho o entrosamento. Enquanto Derrick Green berra como nunca, na mesma pegada de sua outra banda Musica Diablo, Andreas abusa das alavancadas como nos tempos de Schizophrenia (1987), e segundo o próprio esta música fala sobre supostos "entendidos do Metal" que adoram descer o pau na banda em debates na internet (agora dá pra ententer o por quê de tanta agressividade nessa musica).


08- 1433
Outra introdução


09- Seethe
Porrada old school, curta e direta com Jean Dolabella espancando sua bateria com muita raiva, já esta presente no setlist dos shows desde o final do ano passado e vem sendo muito bem recebida.


10- Born Strong
Outra porrada com uma pegada bem old school, pesada e bem trampada do começo ao fim, com Paulo Jr. quebrando tudo no baixo, que esta bem na cara dando muito peso nas bases, uma das melhores faixas do album.


11- Embrace The Storm
Pra quem gosta de palhetadas rapidas essa faixa é um prato cheio e acompanhado de mais riffs e solos insanos de Andreas kisser.


12- 5772
Outra introdução


13- No One Will Stand
Simplesmente fulminante, vai fazer muito marmanjo sentir dor no pescoço, principalmente nos shows. Derrick Green furioso nos vocais mais uma vez, pra quem curtiu sua outra banda Musica Diablo vai gostar muito dessa.


14- Structure Violence (Azzes)
Esta aqui tem um clima industrial e conta com a participação do grupo percussivo francês Les Tambours Du Bronx, que dá todo um clima particular pra musica.


15- 4648
Introdução que fecha o album.


16- Firestater (faixa bônus)
Cover do Prodigy. Muitos "entendidos do Metal" vão criticar mesmo antes de ouvir, mas como já havia sido dito em Just One fix, o Sepultura esta acostumado a fazer versões de bandas bem diferentes (quem ouviu o album de covers Revolusongs (2002) sabe do que estou falando), nem preciso falar que ficou muito melhor que a original.


17- Point of No Return (faixa bônus)
Esta faixa aparece como bônus, mas pela sua qualidade poderia perfeitamente estar na versão regular do album, tão boa quanto as demais. 


E para aqueles que ainda duvidam da qualidade da formaçaõ atual da banda, como Max e suas viúvas que só sabem falar merda, uma ultima observação pra vocês: Chupa! Sepultura até a morte!



André BG



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