O Hate Eternal vem a cada lançamento se firmando na cena extrema com seu Death Metal altamente violento e técnico. Liderados pelo guitarrista e vocalista Erik Rutan (que já fez parte do Morbid Angel), e completando o time o baixista Jade Simonetto e na bateria J. J. Hrubovcak, no presenteiam com uma verdadeira aula de Metal extremo com Phoenix Amongst the Ashes, disco esperado desde 2008. O som é alta mente agressivo, com riffs mortais e complexos, um baixo firme e uma bateria avassaladora, todos os elementos de um Death Metal bem elaborado, mas o Hate Eternal não esquece do trabalho melódico, com Rutan inclusive criando solos fantásticos nos sons; sendo que a banda já criou um estilo somente seu.


Depois da intro Rebirth, o disco já vem com duas pedradas The Eternal Ruler e Thorns of Acacia, onde a banda mostra que não está para brincadeiras. No meio de tanto “blast beats” e riffs raivosos, o Hate Eternal mostra uma criatividade imensa, basta ouvir com atenção a The Art of Redemption, onde tem um começo arrasador e até certo ponto experimental para cair numa destruição sonora sem dó nenhuma de quem está ouvindo. Rutan acaba se destacando não somente na guitarra, mas na voz também, muito bem trabalhada e composta. Alguns sons são mais cadenciados, densos e assustadores, como a faixa título – e que som! -, Hatesworn e The Fire of Resurrection. Simplesmente matador.


Por todos os elementos apresentados e uma produção primorosa, a cargo do próprio Rubin, faz desse disco algo no mínimo fenomenal, mostrando que o Death Metal tem ainda muita lenha a se queimar, principalmente nas bandas mais novas que não decepcionam seus fãs com discos sem nenhum sentido e com experimentos que entram na realidade do estilo...
 

Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.