Resenhas

Iron Maiden - Autódromo

Por André BG | Em 11/04/2009 - 15:20
Fonte: Alquimia Rock Club

          Tudo indicava que seria uma noite perfeita com cerca de 70 mil pessoas presentes. A banda quebrou seu recorde de publico (sem contar, logicamente, apresentações em grandes festivais como, por exemplo, o Rock in Rio, onde os caras tocaram para mais de 150 mil pessoas, tanto na edição de 1985 como em 2001). Só que, infelizmente, a péssima “organização” do evento impediu que a noite fosse perfeita. A começar pela entrada do publico: apenas um portão para todo o público entrar, inclusive para quem pagou mais caro no ingresso (pista Premium), causando muita confusão no lado de fora. E no lado de dentro a coisa também não ia bem pois a chuva que caiu a tarde na capital paulista danificou os telões, dando a impressão que tinham sido rabiscados por uma criança de 2 anos, isso sem falar do palco: pequeno, se levarmos em conta o tamanho do local. Resultado: o público demorou pra entrar e por isso a “organização” resolveu atrasar o começo do show em mais de uma hora, começando as 21:10 e não as 20:00, e mesmo assim ainda tinha muita gente entrando com a apresentação já iniciada. A saida do autódromo foi pior ainda, e esse atraso fez com que muitos que dependem de transporte público dormissem na rua, inclusive esse que vos escreve um absurdo!!! (Contanto que o show foi num domingo, onde segunda feira  a maioria das pessoas tinham compromissos com o trabalho ou estudos!!!) E como se não bastasse, os  que conseguiram entra mais cedo tiveram que aturar Lauren  Harris como banda de abertura, obviamente só abriu o show porque é filha do baixista Steve Harris.

                  Mas voltando ao que realmente importa, é impressionante ver como nada é capaz de tirar o brilho da Donzela de Ferro que, mesmo com todos os problemas citados, fez uma apresentação arrasadora, apresentando um set list diferente do ultimo show realizado no ano passado no estádio Palestra Itália em São Paulo. Após uma intro e algumas imagens da banda no telão, o show começa com a eletrizante Aces High, seguida de Wrathchild e 2 Minutes to Midnight, com o som muito embolado oscilando muito no volume das guitarras, ficando praticamente impossível ouvir nitidamente todos os instrumentos, principalmente para quem estava longe do palco. Na seqüência, com o som bem melhor, mandam Children of the Damned e Phanton of the Opera (que ao vivo e com três guitarras ficou bem pesada) e, pra agitar mais ainda a galera, vieram The Trooper, Wasted Years e a épica Rime of the Ancient Mariner, com uma execução perfeita de arrepiar em suas passagens lentas. Em seguida tocaram Powerslave e Run to the Hills (que possui um dos refrões mais marcantes da historia do metal). E falar da qualidade de clássicos como Fear of the Dark, Hallowed be thy Name e Iron Maiden tocadas ao vivo com maestria, é chover no molhado. E, após deixar o palco, os músicos voltam para o tradicional bis com The Number of the Beast, The Evil That Men Do e, pra encerrar, Sanctuary, com o incansável Bruce Dicknson apresentando os integrantes (como se alguém na platéia tivesse acabado de chegar de outro planeta), todos muito ovacionados pelo publico presente que saiu puto com a “organização”, mas muito satisfeitos com mais um espetáculo do Maiden e com a certeza de que ir a um show no autódromo de Interlagos, nunca mais!!

 

 



André BG



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