Banda formada em 2007 na cidade de Embu das Artes, estado de São Paulo, conta com Ramires na voz e percussão, Cris no baixo e backing vocal, Henry na bateria, e Bruno Zito na guitarra. A banda faz um Thrash Metal simples e direto com letras em português, trazendo nesse seu segundo álbum Blatta, temas pesados, falando de assuntos cotidianos e atuais de forma no mínimo cuspidas de tão diretas e sem frescuras. Apesar do estilo, não é difícil de entender as letras mesmo sem o encarte em mãos. As duas faixas que abrem o álbum, Nova Era e Paranoia tem em suas letras um tom mais sério e agressivo, já na faixa Imortal, a agressividade se mantem, mas apesar das frases no mínimo muito fortes que na concepção da musica são da cabeça de um sujeito que se sente imortal, é inevitável não rir com o humor negro ao ouvir perolas do tipo; “Eu quero vomitar e ficar todo cagado”, “Eu quero morrer eletrocutado” ou então; “Eu quero comer ratos e cair do avião”. E isso é o que ouvimos também na faixa seguinte, Exu Caveira; com esse titulo já se tem uma ideia do que esperar, uma história no mínimo cômica de um sujeito que procura um macumbeiro, levando pinga e dinheiro, e que no dia seguinte acorda com uma puta caganeira. São temas desse nível que ouvimos na maior parte do trabalho, destacando também as faixas Primogênito de Uma Meretriz e Opalão, essa ultima com um riff de guitarra bem legal. Apesar dos temas serem escrachados não soam forçados ou ridículos, e a produção do trabalho mostra isso, nenhum primor é verdade, mas com uma qualidade muito boa, simples e bem nítida, podemos ouvir facilmente todos os arranjos e instrumentos, o que já é mais que o suficiente.

Gravadora: Muqueta Records/Alternative Records - Distribuição: Voice Music

André BG

Atual Editor Chefe

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