Resenhas

Destruction e Nervosa - 23.09.2018 - Espaço 555, São Paulo, SP

Por Ricco Borges | Em 28/09/2018 - 00:03
Fonte: Alquimia Rock Club

Fotos: André Alves BG

 

O domingo estava com um tempo propício para uma boa noite com muito Thrash Metal e cerveja, e dessa vez quem veio para comandar a festa foram os alemães do Destruction em mais uma passagem pelo Brasil, e nada melhor que as talentosas meninas da Nervosa para iniciar essa noite especial.

 

O local para receber o evento foi o Espaço 555, localizado na Avenida São João, bem próximo da Galeria do Rock. A abertura da casa estava prevista para as 18h30min, mas a entrada só aconteceu por volta das 19h30min para público e imprensa quando a fila para entrar na casa já estava chegando à Galeria do Rock, mostrando que o show teria um ótimo público. O motivo teria sido um atraso no voo do Destruction para São Paulo. 

 

Após a passagem do som e já com a casa praticamente cheia, as meninas da Nervosa subiram ao palco para divulgar seu mais recente trabalho, o pesadíssimo Downfall Of Mankind. Foi a segunda vez que eu tive o privilégio de ver banda ao vivo, atualmente formada por Fernanda Lira (vocal e baixo), Prika Amaral (guitarra), e a recém integrada Luana Dametto (bateria), a primeira havia sido no extinto Inferno Club na Rua Augusta em 2015, e ali eu já tinha certeza que as minas iriam arrebentar na cena.

 

A Nervosa subiu no palco por volta das 20h30min ao som dos vocais rasgados de Fernanda em “Horrordome”, do novo álbum Downfall of Mankind. O set por sinal foi baseado nesse disco, com um total de seis faixas tocadas, com destaques para a ótima “Enslave” com a sua veia Thrash mais tradicional e a rápida e furiosa “Never Forget, Never Repeat”, que mostrou um lado mais Death Metal da banda, com a baterista Luana usando e abusando dos Blast Beats. 

 

A Nervosa não teve muito tempo para trocar uma ideia com o público devido o tempo de palco, então as músicas transcorreram sem muito intervalo de uma para outra, mas houve espaço para os sons dos discos anteriores como a já clássica “Masked Betrayer” do EP Time To Death, nessa a galera cantou o refrão junto com a banda sendo um dos pontos altos do show, e mesmo com pouco espaço no palco, Fernanda não parou por um minuto mostrando uma incrível presença de palco tocando o seu baixo com muita disposição e ainda tendo tempo de dar um recado aos intolerantes com a música “Intolerance Means War” do álbum Agony. E para fechar a conta ela agradeceu a presença do público e chamou todo mundo para o centro da pista para finalizar mais uma ótima apresentação da Nervosa com “Into Moshpit”.

 

 

Set list: 

 

1- Horrordome

2- Death!

3- Enslave

4- Hostages

5- Masked Betrayer

6- Never Forget, Nerver Repeat

7- Vultures

8- Kill The Silence

9- Fear, Violence And Massacre

10- Intolerance Means War

11- Into Mosh Pit

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Já eram por volta das 22h00min quando o Destruction, formado por Schmier (baixo, vocal e ódio), Mike Sifringer (guitarra) e Randy Black (bateria) subiu ao palco detonando com a clássica “Curse the Gods”, nesse momento a casa já estava lotada e veio abaixo com todo mundo cantando. O som teve momentos de oscilações no início da apresentação, com o próprio Schmier mostrando insatisfação e cara de poucos amigos, e após um breve “boa noite” a banda já emendou a ótima “Armageddonizer” de um dos álbuns mais recentes, Day of Reckoning. O show não teve muito papo e foi pedrada seguida de pedrada e após um breve solo de Randy Black, “Tormentor” é tocada nos PAS e tem o seu refrão cantado em uníssono pelos Thrashers, na sequência Schmier comenta que em São Paulo sempre acontecem os melhores shows, e ironiza a companhia aérea pelo atraso do voo. A próxima música da noite foi “Nailed to the Cross” já podendo ser considerada um clássico moderno da banda, é uma das melhores da nova fase do Destruction, mas foi em seguida que a emoção bateu com “Mad Butcher”, a galera pirou nesse som, sem duvida alguma foi um dos grandes momentos do show. 

 

“Dethoned” do último álbum de inéditas Under Attack também marcou presença no set e após um curto solo de baixo, Schmier chama o público pra cantar “live Without Sense”, essa faixa possui um dos riffs e solos de guitarra mais insanos da banda.

 

Após a segunda introdução da noite, a banda tocou mais um clássico, “Release Of Agony” e em um dos momentos mais descontraídos da noite, Schmier pediu uma bebida e recebeu uma cerveja de determinada marca e brincou dizendo "não é cerveja!" e a jogou a pra galera (que foi a loucura) para em seguida anunciar “Eternal Ban”. Essa definitivamente foi a noite dos clássicos, e depois de mais uma intro, a poderosa “Total Disaster” foi tocada para o deleite dos fãs. E não podemos esquecer que o Randy Black também teve o seu momento para brilhar com um rápido solo de bateria para introduzir a próxima música da noite, “Antichrist”.

 

Com o show já chegando ao seu final, Schmier avisou o público que a próxima música da noite seria do álbum Sentenced of Death e que a banda não a tocava há tempos e anuncia “Black Mass”. Mas o momento mais empolgante da apresentação foi com “Thrash Attack” e “The Butcher Strikes Back”, que fizeram abrir a maior roda da noite, mostrando que os fãs ainda tinham muita energia para gastar. A banda da um breve tchau e retorna em seguida para o bis com “Thrash Till Death” e Schmier dando a oportunidade do público escolher entre “Invisible Force” ou “Fuck The USA”, e a escolhida acabou sendo a clássica faixa do álbum Infernal Overkill. E para encerrar a noite Schmier ainda comentou que São Paulo nunca desapontou e ainda tirou um sarro do nosso futebol. E o grand finale ficou por conta de “Bestial Invasion”, para fechar com chave de ouro mais uma apresentação do Destruction em São Paulo.

 

 

Set list:

 

1- Curse The Gods

2- Armageddonizer

3- Tormentor

4- Nailed to the Cross

5- Mad Butcher

6- Dethroned

7- Life Whithout Sense

8- Release From Agony

9- Eternal Ban

10- Total Disaster

11- Antichrist

12- Black Mass

13- Thrash Attack

14- The Butcher Strikes Back

15- Thrash Till Death

16- Invisible Force

17- Bestial Invasion

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



Ricco Borges

 Gosta da boa música, do Heavy ao Blues, sua vida respira música e com esse site pretende ajudar as pessoas que querem começar a entender o rock e para os que gostam do estilo saber as novidades do meio Heavy em geral. Também é amante dos esportes e de história, desde a do Brasil e de outros países e pretendo ser professor um dia, adora viajar e conhecer outras culturas e lugares!




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