Resenhas

Sepultura, Eminence e MX - 27.10.2018 - Audio, São Paulo, SP

Por André BG | Em 29/10/2018 - 04:27

Fonte: Alquimia Rock Club


Fotos: Daniel Rocha

 

Retornando de uma mais que bem sucedida turnê internacional que passou pela Àsia, Europa, Austrália, Nova Zelândia, entre outros países, o Sepultura retornou a capital paulista no último sábado para mais uma apresentação da turnê do aclamado álbum Machine Messiah na Audio, em show que também marcou os 20 anos do vocalista Derrick Green na banda. 

 

O evento ainda contou com mais duas bandas convidadas de respeito para a abertura, sendo os veteranos do MX a primeira a se apresentar e dar as boas vindas ao público, que uma hora após a abertura da casa (20 horas) ainda era pequeno e um pouco tímido para prestigiar o quarteto de Thrash Metal do ABC paulista atualmente formado por Alexandre da Cunha (bateria e vocal), Alexandre ‘Morto’ (guitarra, baixo e vocal), Décio Jr. (guitarra) e Alexandre ‘Dumbo’ (baixo e guitarra), sendo essa a formação original da banda que retomou suas atividades em 2012 e atualmente divulga seu mais recente álbum A Circus Called Brazil, lançado esse ano, e foi calcado nesse álbum que a banda realizou sua apresentação, mas sem esquece temas mais antigos como “Mental Slavery”, “Jason” e “Dirty Bitch”, alguns dos destaques da apresentação, que poderia contar com um som um pouco melhor, principalmente nos vocais, bem baixos em determinados momentos da apresentação, mas nada que não tenha sido compensado por uma banda experiente e bem entrosada como o MX, valendo destacar o revezamento dos integrantes nos vocais. Outro ponto legal da apresentação se deu no momento em que o baterista Alexandre da Cunha veio à frente do palco para distribuir camisas e CD’s da banda para o público. Foi um set curto, mas o suficiente para aquecer o público que foi chegando ao decorrer da apresentação. 

 

 

Set list:

 

1- Intro - Fleeing Terror 

2- Murders 

3- Mission 

4- Mental Slavery

5- Fighting for the Bastards

6- Dark Dream

7- Lucky 

8- Jason 

9- Marching Over Lies 

10- Dirty Bitch

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

Menos de 20 minutos de intervalo e tudo já estava pronto para o Eminence entrar em cena, com um público presente e o som já um pouco melhor com relação à atração anterior, o quarteto de Belo Horizonte formado por Alan Wallace (guitarra), André Márcio (bateria), Davidson Mainart (baixo) e Bruno Paraguay (vocal) fez uma apresentação certeira, agitando o público presente mostrando um som pesado e moderno, mandando músicas de seu mais recente EP Minds Apart lançado esse ano, como “Minds Apart” e “Obey”, muito bem recebidas e agitadas pelos presentes, além de outras porradas dos álbuns anteriores que fizeram abrir algumas boas rodas na pista da Audio. Apesar do estilo moderno do som, o Eminence já está em atividade desde 1995, e mostrou um ótimo entrosamento no palco, com o vocalista se comunicando bem o público. A performance do guitarrista Alan Wallace também merece ser destacada, apesar do som bem trabalhado da banda, em nenhum momento ficou aquela sensação de falta de uma segunda guitarra. Com exceção de algumas pausas um pouco longas entre algumas músicas (talvez para correção de algum problema técnico), a apresentação do Eminence pode ser considerada na medida certa e sem dúvidas deixou uma boa impressão para quem conferiu a banda ao vivo pela primeira vez.

  

 

Set list: 

 

1- Self Rejection 

2- Veins Of Memories 

3- Unfold 

4- Intro – PAD3

5- Minds Apart 

6- Obey 

7- The God Of All Mistakes 

8- Humanology 

9- Day 7 

10- Devil’s Boulevard 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A organização foi um dos pontos altos da produção do show como um todo, e em menos de meia hora tudo estava pronto para o Sepultura subir ao palco. Quase um ano após sua última apresentação na capital paulista que aconteceu no Clube Juventus em novembro do ano passado, a banda se aproxima do final de uma mais que bem sucedida turnê de divulgação do último álbum Machine Messiah, com motivos de sobra pra comemorar, afinal, o ano de 2018 também marcou os 20 anos de Derrick Green na banda, e com todos esses fatores a favor e a casa mais uma vez cheia, o time completado por Paulo Jr. (baixo), Andreas Kisser (guitarras) e Eloy Casagrande (bateria) entrou em campo com o jogo literalmente ganho. O show com cara de confraternização começou de forma eletrizante com as porradas “I Am The Enemy”, “Phantom Self” e “Kairos”, até ai nada de diferente do que rolou nos shows anteriores, mas foi o suficiente para a banda já ter o público nas mãos desde o inicio, com varias rodas insanas logo de cara. A sequencia com as clássicas “Territory” e “Inner Self” mantiveram a temperatura elevada, já a primeira surpresa da noite ficou por conta de “False” do álbum Dante XXI de 2006, não executada há muitos anos, mas as surpresas não pararam por ai, Andreas Kisser fez questão de lembrar os 20 anos de Derrick Green no Sepultura, que foi muito aplaudido e reverenciado por todos os presentes em um dos momentos mais especiais da noite para então de executarem a trinca “Against”, “Choke” e “Boycott”, todas do álbum Against de 1998, registro que marcou a estreia de Derrick na banda.

 

Com o público totalmente ensandecido, “Corrupted” do álbum Roorback de 2003 foi mais uma surpresa muito bem vinda no set list (a última), seguida da faixa titulo do álbum Machine Messiah, aliás, mais uma vez foi interessante notar que na execução das músicas do álbum Machine Messiah, que possuem instrumentos adicionais de orquestras obviamente executadas por samplers, soaram bem naturais graças a sincronia e entrosamento perfeito da banda no palco. 

 

Com o show passando da sua metade, o que se viu dali em diante foi praticamente uma avalanche de clássicos eternos do Thrash Metal mundial com “Desperate Cry”, “Refuse/Resist” e “Arise”, essa última dedicada por Andreas às bandas de abertura, certamente marcaram o ápice do show antes da banda deixar o palco. No retorno, mais clássicos, “Troops of Doom” e “Slave New World” para levarem os fãs ainda mais a loucura, seguidas “Resistant Parasites” e a batucada de “Ratamahatta” com Derrick Green mandando ver na percussão e o desfecho tradicional como de costume com “Roots Bloody Roots”, dando números finais a mais um grande show da turnê Machine Messiah.

 

Apesar de estar por meses em turnê, o Sepultura não decepcionou e se mostrou mais uma vez incansável diante de seu público que deixou a casa mais uma vez muito satisfeito.

 

 

Set list: 

 

(Intro)

1- I Am The Enemy 

2- Phantom Self

3- Kairos

4- Territory

5- Inner Self

6- Sworn Oath

7- False 

8- Against

9- Choke 

10- Boycott 

11- Corrupted

12- Machine Messiah

13- Desperate Cry 

14- Refuse/Resist

15- Arise 

16- Troops of Doom

17- Slave New World 

18- Resistant Parasites

19- Ratamahatta

20- Roots Bloody Roots

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



André BG



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