Resenhas

SP Rock Show: Sepultura, Pavilhão 9, Pomparças, Eutenia e PAD - 25.11.2018 - Vale do Anhangabaú, São Paulo, SP

Por André BG | Em 02/12/2018 - 03:54
Fonte: Alquimia Rock Club

Fotos: André Alves BG

 

O Vale do Anhangabaú no centro de São Paulo foi palco do SP Rock Show, evento gratuito organizado pela prefeitura da capital paulista que contou com o Sepultura, maior banda do Heavy Metal do país como atração principal, acompanhado das bandas Pavilhão 9, Pomparças, Eutenia e PAD. Recebendo um público bem variado que veio de diversas regiões não apenas da capital, mas de todas as cidades vizinhas, o evento contou com uma estrutura simples e modesta, que aparentemente se mostrou bem funcional com exceção apenas no atraso ocorrido no inicio das apresentações.

 

A primeira banda a se apresentar foi a PAD, com quase uma hora de atraso com relação ao horário previsto (as 15 horas) a banda foi anunciada pelo mestre de cerimonias Marcello Pompeu do Korzus, que também se apresentou no evento com seu projeto Pomparças, o músico também tratou de conscientizar o público presente quanto ao comportamento no evento e pediu respeito entre todos para que não houvesse brigas e atos de vandalismo no local, muito aplaudido como sempre, o veterano músico do cenário Heavy Metal nacional anunciou a primeira atração. Formada há cerca de dois anos, a PAD conta em sua formação com músicos aparentemente bem experientes, sendo eles Fabio Noogh (vocal), Marcos Kleine (guitarra, Ultraje a Rigor), Leandro Pit (guitarra), Will Oliveira (baixo), Rodrigo Simão (teclado) e Thiago Biasoli (bateria). Fazendo um Rock ‘n’ Roll influenciado por bandas como Journey e Van Halen, A banda vem divulgando seu álbum de estreia “O Som e A Cura” lançado esse ano, e foi com base nesse trabalho que a banda mandou seu set list de cerca de 40 minutos de duração, com um som razoável e apresentando algumas falhas no inicio, o sexteto se mostrou bem entrosado e aqueceu o público presente com temas como “Estranho Mundo Novo” e “Esse é o Amor”. O show ainda teve um momento de homenagem dos integrantes da banda Eutenia ao guitarrista Marcos Kleine, que brincou com o público tocando um trechinho do hino do Palmeiras, seu clube de coração que naquele exato momento entrava em campo para ser campeão brasileiro diante do Vasco da Gama no Rio de Janeiro.

 

 

Set list: 

 

1- Esse Quam Videri

2- Guerreiros Pacíficos

3- Eu Sou o Cara

4- Sem Destino

5- Not So Vain

6- Estranho Mundo Novo

7- Um Novo Amanhã

8- Esse é o Amor

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Antes de apresentar a atração seguinte, Pompeu fez questão de chamar ao palco o vereador Quito Formiga, que foi um dos idealizadores do evento, para na sequencia a anunciar a banda Eutenia. Formada em 2012 na capital paulista, e atualmente contando com Andre Navacinsk (vocal), Diego Inhof (guitarra/piano), Bruno Ricardi (guitarra), André Perucci (baixo) e Jon Levischi (bateria), a banda faz um Metalcore com influencias diversas dentro do Heavy Metal como Iron Maiden, Avenged Sevenfold, Bullet for My Valentine, System Of A Down e Protest The Hero e mandou um set list curto, de apenas cinco músicas (provavelmente por conta dos atrasos), mas mostrou muito entrosamento e desenvoltura no palco, com uma performance eletrizante e cheia de energia, tocando músicas dos seus dois EP’s (Chymia I e II, de 2012 e 2016 respectivamente) e presenteando o público com duas músicas inéditas, “Meu Fim” e “Cego”, deixando uma boa impressão para quem ainda não conhecia o som da banda.

 

  

Set list: 

 

1- Intro/Meu Fim (música inédita)

2- Últimas Palavras 

3- Dríade 

4- Salao 7372 

5- Cego (música inédita)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar da garoa que persistiu em cair na região do centro de São Paulo por diversos momentos e uma final de campeonato brasileiro estar rolando naquele exato momento, o público não parava de chegar no Vale do Anhangabaú. E por volta 18h45min era vez do projeto Pomparças subir ao palco. Liderados pelo vocalista do Korzus, Marcello Pompeu, o projeto foi formado por nomes bem conhecidos da cena, como seu companheiro de Korzus, Heros Trench (guitarra), Marcelo “Soldado” Nejem (guitarra, ex-Korzus), Fabio Romero (baixo, Threat), Henrique Pucci (Endrah e ex-Project46, bateria), que mandaram um set list recheado de grandes clássicos de diferentes vertentes do Rock como “Highway To Hell” (AC/DC), Breaking The Law” (Judas Priest), “War Machine” (Kiss), “Blitzkrieg Bop” (Ramones) e “We're Not Gonna Take It” (Twisted Sister). No set list ainda constava a clássica “Internally” do Korzus, que provavelmente também devido ao atraso do inicio do evento acabou ficando de fora, com a banda encerrando com as duas pauladas do Slayer “South Of Heaven” e “Raining Blood”, levando o público à loucura e fazendo abrir varias rodas no Vale do Anhangabaú, certamente o ápice da apresentação.  

 

 

Set list: 

 

1- Highway To Hell (AC/DC)

2- Breaking The Law (Judas Priest)

3- War Machine (Kiss)

4- Blitzkrieg Bop (Ramones)

5- We're Not Gonna Take It (Twisted Sister)

6- South Of Heaven (Slayer)

7- Raining Blood (Slayer)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Retornando as atividades em 2017 após um hiato de 11 anos, o Pavilhão 9 subiu ao palco como sempre liderado pelos vocalistas Rhossi e Doze, com sua nova formação contando ainda com Juninho (baixo), Leco Canali (bateria) e Rafael Bombeck (guitarra) e DJ MF, que executaram sua famosa fusão do Rap com o Rock em uma apresentação calcada em seu mais recente álbum “Antes Durante Depois” lançado no ano passado. Mas foram mesmo os grandes sucessos como “Trilha do Futuro” e “Opalão Preto” que agitaram o público presente, com uma ótima performance da banda e um entrosamento perfeito, principalmente entre Rhossi e Doze. Outros destaques do set foram as clássicas “Vai Explodir” e “Mandando Bronca”, que encerrou a apresentação em grande estilo com a banda deixando o palco muito aplaudida.

 

 

Set list:

 

1- Intro/Antes Durante Depois 

2- Tudo Por Dinheiro 

3- Grito de Liberdade

4- Trilha do Futuro 

5- Acredita Não Duvida 

6- Número 1 

7- Opalão Preto 

8- Sigo Com Calma 

9- Execução Sumária 

10- Vai Explodir 

11- Boca Fechada 

12- Mandando Bronca 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com o relógio marcando pouco mais de dez minutos para as 21 horas, era chagado o momento da grande atração da noite subir ao palco. Dando uma pausa na bem sucedida turnê Machine Messiah, o Sepultura anunciou para esse show um set list especial onde tocariam em ordem cronológica músicas de todos os álbuns lançados pela banda em seus mais de 30 anos de carreira. Sendo assim, o maior expoente do Heavy Metal brasileiro entrou em cena com a introdução cavernosa “The Curse” seguida de “Bestial Devastation”, faixa titulo do seu primeiro EP lançado em 1984, obviamente fazendo a alegria dos fãs mais velhos, alegria essa que seguiu com mais clássicos das antigas como “Troops of Doom”, “Escape to the Void”, “Beneath the Remains” e “Dead Embryonic Cells”, executados por uma banda afiadíssima e que está em seu ápice tecnicamente falando, afinal, Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) estão em turnê desde o inicio do ano passado de forma praticamente ininterrupta. As clássicas “Territory” e “Attitude” ainda foram executadas antes de Andreas Kisser lembrar dos 20 anos de Derrick Green no Sepultura para então mandarem “Against” e “Choke”, ambas do álbum Against de 1998, que marcou a estreia de Derrick Green  na banda.

 

O show seguiu de forma cronológica, entrando na fase apenas com músicas lançadas com Derrick Green no vocal, em uma sequencia matadora com “Sepulnation”, “Corrupted”, “False”, a rápida “What I Do!”, “Kairos” e “The Vatican”, mostrando (principalmente para as viúvas de membros antigos) que a banda produziu muito material de qualidade em todas as suas diferentes fases.  O set list ainda teria mais algumas músicas, mas provavelmente por conta do horário a banda infelizmente acabou indo direto para “Roots Bloody Roots”, encerrando o show pontualmente às 22 horas. 

 

Independente do corte no set list, o Sepultura mais uma vez fez um show arrasador e certamente o público foi embora muito satisfeito com o show.  Vale destacar também o evento como um todo, apesar da já citada simplicidade na estrutura, realizar um evento desse porte de forma gratuita e exposta sempre tem seus riscos, mas de uma forma geral o público se comportou bem e aparentemente nenhum problema grave ocorreu durante o evento, o que colabora para que mais eventos desse tipo ocorram com cada vez mais frequência.

 

 

Set list:

 

1- The Curse (intro)/Bestial Devastation

2- Troops of Doom

3- Escape to the Void 

4- Beneath the Remains

5- Intro/Dead Embryonic Cells

6- Territory

7- Attitude

8- Against

9- Choke

10- Sepulnation

11- Corrupted

12- False

13- What I Do! 

14- Kairos

15- Intro/The Vatican

16- Roots Bloody Roots

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


André BG



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