Resenhas

Sepultura - 14.12.2018 - Sesc Pompeia, São Paulo, SP

Por André BG | Em 17/12/2018 - 04:40
Fonte: Alquimia Rock Club

Fotos: Daniel Rocha

 

Encerrando um ano que foi repleto de shows pelo mundo afora com a bem sucedida turnê de divulgação de seu último álbum Machine Messiah lançado no inicio de 2017, o Sepultura fechou o ano com chave de ouro com dois shows no Sesc Pompeia em São Paulo nos dias 13 e 14 de dezembro, quinta-feira e sexta-feira respectivamente. A princípio os dois shows teriam basicamente o mesmo repertório que vem sendo apresentado ao longo do ano, tendo como base o álbum Machine Messiah mais os clássicos que não podem faltar em um show do Sepultura, mas isso aconteceu apenas no primeiro show, já que para o show da sexta-feira a banda executou um set list especial em ordem cronológica com músicas de todos os álbuns da banda. 

 

Os shows tiveram uma divulgação bem discreta, mas se tratando da maior banda de Heavy Metal do Brasil, foi mais do que o suficiente para as apresentações contarem com um ótimo público como é de costume em shows do Sepultura em qualquer unidade do Sesc, mas para o show da sexta-feira os ingressos se esgotaram para ver a banda.

 

Com perdoáveis dez minutos de atraso com relação ao horário marcado para o show (21:30), a introdução “The Curse” do EP  Bestial Devastation começou a ser tocada nos PA’s antecedendo a faixa titulo do EP lançado em 1985 que deu inicio a um show avassalador, seguida de “Troops of Doom”, o suficiente para Derrick Green (vocal), Andreas Kisser (guitarra), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) terem o público nas mãos dali em diante. “Beneath the Remains” e “Dead Embryonic Cells”, ambas com suas respectivas introduções, mantiveram o alto nível da apresentação com o público respondendo a altura, mas foi em “Territory” que se formou a maior roda da noite até então, com o público indo ao delírio com o clássico refrão “War for territory”. Na sequencia Derrick Green mostrou seu talento também na percussão em “Attitude”, uma das preferidas dos fãs do álbum Roots de 1996.

 

Ao dar um oi para o público, Andreas Kisser fez questão de lembrar dos 20 anos de Derrick Green na banda, que foi muito aplaudido e teve seu nome gritado por todos, momento mais que propício para mandarem as porradas “Against” e “Boycott”, ambas do álbum Against de 1998, que marcou a estreia de Derrick na banda. Continuando de forma cronológica, o show seguiu com o hino “Sepulnation” e a trinca “Corrupted”, “False” e “What I Do!”, essa última dedicada ao ex-baterista Jean Dolabella que estava presente assistindo o show, lembrando que a música pertence ao álbum A-Lex de 2009 gravado por Jean, assim com Kairos de 2011, e antes de executarem a faixa titulo desse álbum, Derrick brincou convidando Jean para tocar a música, mas logo tratou de tranquilizar o ex-baterista dizendo "calma, é brincadeira tome sua cervejinha e curta o show!". “Kairos” que já pode ser considerada um clássico, a polemica “The Vatican” com sua tenebrosa introdução e “Phantom Self” do último álbum Machine Messiah fecharam a parte cronológica do show e mostraram (principalmente para as viúvas de membros antigos) que a banda produziu muito material de qualidade em todas as suas diferentes fases. A banda deixou o palco, mas voltou rapidamente para presentear os fãs com mais alguns temas clássicos, “Arise” e “Refuse/Resist” provavelmente marcaram o ápice da apresentação, encerrada em grande estilo com “Ratamahatta” e como sempre com “Roots Bloody Roots”, mais uma performance impecável de uma banda afiadíssima no palco, para a satisfação total de seus fãs. 

 

Set list:

 

1- The Curse (intro)/Bestial Devastation

2- Troops of Doom

3- Escape to the Void 

4- Intro/Beneath the Remains

5- Intro/Dead Embryonic Cells

6- Territory

7- Attitude

8- Against

9- Boycott

10- Sepulnation

11- Corrupted

12- False

13- What I Do! 

14- Kairos

15- Intro/The Vatican

16- Intro/Phantom Self

17- Arise

18- Refuse/Resist

19- Ratamahatta

20- Roots Bloody Roots

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


André BG



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