Resenhas

Māyā - 2018 - Egophilia

Por André BG | Em 15/01/2019 - 01:49
Fonte: Alquimia Rock Club

 

Formada em 2012 no Rio de Janeiro, a banda Māyā lançou no ano passado seu terceiro álbum, Egophilia. Contendo vinte faixas, o sucessor do já muito bom “Tower”, é de longe o trabalho mais completo lançado pela banda atualmente formada por Gimmy (vocal e guitarra), Renan Weignater (baixo), Gabriel Ferraz (Teclados) e Thiago Alves (bateria), a começar pela arte gráfica da versão física (CD) assinada por Aroldo Lima, que contem um encarte muito caprichado e em um formato diferenciado (um pouco maior do que o encarte de um DVD), digna de elogios, ainda mais em dias que o material físico das bandas tem perdido cada vez mais espaço para as plataformas digitais. 

 

Na parte musical nota-se que a banda subiu mais alguns degraus com relação ao álbum anterior, e o mesmo pode ser dito sobre a ótima produção, assinada por Tercio Marques e com masterização de Justin Shturtz no estúdio Sterling Sound de New York (USA). Basicamente, o som apresentado pelo grupo poderia ser definido como um Hard Rock Progressivo e moderno, mas diversas outras influencias ficam bem evidentes como o Rock Pscicodélico e Blues Rock, e em alguns momentos com o pé no Heavy Metal. A empolgante “Bring Me Down” que abre o álbum apos a introdução “Id” já mostra logo de cara o bom nível de composições que se pode esperar ao longo do trabalho. De uma forma geral, o álbum não segue uma mesma linha entre as composições, apesar de vinte faixas, não há excessos, a música seguinte “Bad Wolf”, por exemplo, já tem uma pegada totalmente diferente da primeira, sendo mais moderna e pesada. A faixa titulo “Egophilia” é mais outro exemplo de diversidade, com um começo bem pesado, mas que vai pra um lado mais do Metal Melódico no refrão.

 

Vale ressaltar que algumas das vinte faixas são na verdade introduções, o que acontece em “Justice?”, que é seguida por “Little Bitch”, nessa destaca-se o trabalho de guitarras e os vocais de Gimmy, que varia entre momentos mais calmos e mais raivosos. E os vocais de Gimmy mais uma vez se destacam em “Uneasy”, provavelmente a música que o vocalista mais explora suas diferentes facetas. “Seeds of Suicide” e “Attention Whore” se destacam pelos arranjos de guitarra e teclado, com Gimmy mostrando entre suas diversas facetas em alguns momentos certa influencia de um tal de James Hetfield.

 

O álbum também conta com varias participações especiais, se destacando a de Thiago Garcia no trompete em “Worst” e Eduardo Rezende no saxofone em “Army Of The Clones”. “Tolerance” a banda explora seu lado mais pesado e sombrio, já o desfecho com a épica “After All” com seus mais de nove minutos de duração é a mais melancólica e progressiva do álbum. 

 

Tecnicamente, Egophilia definitivamente marca o melhor momento do Māyā em termos criativos e musicais, merecendo ser ouvido com atenção e tem tudo para dar uma maior projeção e colocar a banda em um patamar mais elevado.

 

 

Faixas:

 

1- Id 

2- Bring Me Down 

3- Bad Wolf 

4- Egophilia 

5- Justice? 

6- Little Bitch

7- Heaven is not Enough

8- Uneasy 

9- Perfection (How Not To Waste a First Kiss)

10- Fitting Into the System 

11- Worst    

12- Behind The Taste (The Revolving Doors) 

13- Seeds of Suicide 

14- Attention Whore

15- Army Of The Clones

16- (In) 

17- Tolerance

18- Breaking The Cage

19- The All's Mind 

20- After All

 

 

Confira os videoclipes lançados até o momento: 

 

Bring Me Down: https://www.youtube.com/watch?v=BOszHqjZKDs

  

 

 

Uneasy: https://www.youtube.com/watch?v=aUUJJTbeyzU

 

 

 

Tolerance: https://www.youtube.com/watch?v=ykWFxhyFk5Q

 

 

 

O álbum esta disponível nas plataformas digitais: 

https://www.deezer.com/br/album/68760971

https://open.spotify.com/album/5J7vzABE7v1tRuaP1droF4?si=EYabDHfdTzqLDSNE2Sx8QQ

 

 

Links:

https://www.facebook.com/themaya

https://maya-band.bandcamp.com/

http://www.maya.mus.br/

http://www.youtube.com/mayaexperience

https://soundcloud.com/maya_experience

 

Foto: Promocional

 



André BG



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