Sepultura e Kisser Clan - 12.07.2019 - Tom Brasil, São Paulo, SP
Fotos: André Alves BG
A semana do dia internacional do Rock (13 de julho) vem sendo celebrada de maneira cada vez mais intensa de uns anos pra cá no Brasil, com uma série de shows e eventos (muitos totalmente gratuitos) em referencia a data, e esse ano não foi diferente, com um dos eventos para celebrar a data sendo nada mais nada menos que um show da maior banda do Metal do Brasil, o Sepultura, que executou um repertório especial chamado de “Duas Trincas Concert”, calcado nos álbuns Beneath The Remains (1989), Arise (1991) e Chaos A. D. (1993), Kairos (2011), The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2014) e Machine Messiah (2017), que representam duas fases marcantes da carreira da banda em seus 35 anos de atividades. Bem, show do Sepultura não é algo que chega a ser nenhuma novidade para o público de cidade de São Paulo, ainda mais se levar em consideração que esse foi o oitavo show da banda na capital paulista em um curto espaço de tempo inferior a nove meses, algo que provavelmente influenciou na presença do público, que não lotou o Tom Brasil, mas que certamente pode ser considerado um bom público diante das circunstancias mencionadas.
O evento ainda contou com o projeto Kisser Clan como banda de abertura. Formado por Andreas Kisser, guitarrista do próprio Sepultura aqui assumindo também boa parte dos vocais, seu filho Yohan Kisser (guitarra e vocais), Gustavo Giglio (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria, Torture Squad), o quarteto executou um setlist recheado de grandes clássicos do Metal como “Master of Puppets” do Metallica, “Mandatory Suicide” do Slayer, “Only” do Anthrax e “Symphony of Destruction” do Megadeth, tudo isso em um clima de muita descontração, um prato cheio para o público que fez questão de chegar cedo para prestigiar a banda. O show ainda contou com a participação do baterista Willian Paiva das bandas Hammerhead Blues, Leeds e War Industries Inc. que subiu ao palco para mandar a clássica “War Pigs” do Black Sabbath. Com clássicos desse calibre sendo executados por músicos mais que talentosos fica fácil deduzir que o público ficou mais que satisfeito com o show de abertura, encerrado em grande estilo com “Ace of Spades” do Motörhead.
Set list:
1- Am I Evil? (Metallica cover)
2- Master of Puppets (Metallica cover)
3- For Whom the Bell Tolls (Metallica cover)
4- Mandatory Suicide (Slayer cover)
5- Skeletons of Society (Slayer cover)
6- Only (Anthrax cover)
7- Got The Time (Anthrax cover)
8- Symphony of Destruction (Megadeth cover)
9- Peace Sells (Megadeth cover)
10- War Pigs (Black Sabbath cover)
11- Ace of Spades (Motörhead cover)
Já com o público devidamente aquecido e empolgado, o Sepultura entrou em cena com a música “Polícia” dos Titãs sendo usada como introdução a exemplo do que vem ocorrendo nos últimos shows, para então a introdução da música clássica “Arise” ecoar nos PA’s da casa, mostrando que o show não seguiria exatamente uma ordem cronológica, mas com três músicas de cada um dos álbuns escolhidos para o repertório sendo executadas, sendo assim as clássicas “Dead Embryonic Cells” e “Desperate Cry” fecharam a primeira trinca, o que já foi o suficiente para Andreas Kisser (guitarra), Derrick Green (vocal), Paulo Jr. (baixo) e Eloy Casagrande (bateria) terem o público nas mãos logo de cara. Na sequencia, foi a vez de “Beneath the Remains”, “Inner Self” e “Mass Hypnosis” do álbum Beneath the Remains de 1989 levar os fãs mais velhos a loucura, abrindo caminho para a fase mais recente com “Spectrum”, “Kairos” e “Relentless” do álbum Kairos, seguidas por “Trauma Of War”, “The Vatican” com sua tenebrosa introdução e “Impending Doom”, do álbum The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart.
Falar da performance ao vivo do quarteto é chover no molhado, nunca decepcionam e estão sempre em alto nível no palco, mas um detalhe interessante notado foi o background (plano de fundo) do palco, que mudava a cada sequencia de músicas de acordo com o álbum, dando todo um charme e visual legal para o show, que chegava a fase dedicada ao mais recente álbum, Machine Messiah de 2017, com os temas “I Am The Enemy”, “Phantom Self” e “Resistent Parasites”, que foram muito bem recebidas a exemplo do que foi durante toda a bem sucedida turnê do álbum. Mas foram os clássicos “Slave New World”, “Territory” e “Refuse/Resist” do álbum Chaos A. D. que marcaram o momento mais insano e quente do show, com varias rodas abertas na pista do Tom Brasil.
Tendo encerradas as duas trincas, ainda houve tempo para mandarem “Ratamahatta” e “Roots Bloody Roots”, que como sempre sacudiram o público e foram a cereja do bolo, encerrando em grande estilo mais uma show impecável da maior banda do Metal brasileiro, que agora parte para Europa onde entra em estúdio para a gravação de mais um álbum com o produtor sueco Jens Bogren (Soilwork, Opeth, Katatonia, Kreator, Amon Amarth, Angra, Arch Enemy), no Fascination Street Studios, em Örebro, na Suécia, entre um show e outro no velho continente.
Set list:
1- Intro/Arise
2- Intro/Dead Embryonic Cells
3- Desperate Cry
4- Intro/Beneath the Remains
5- Inner Self
6- Mass Hypnosis
7- Spectrum
8- Kairos
9- Relentless
10- Trauma Of War
11- Intro/The Vatican
12- Impending Doom
13- I Am The Enemy
14- Intro/Phantom Self
15- Resistent Parasites
16- Slave New World
17- Territory
18- Refuse/Resist
19- Ratamahatta
20- Roots Bloody Roots
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