O Alquimia Rock Club novamente, nesse último sábado, cobriu mais uma apresentação conjunta do Tomada, Pedra e Massahara no Central Rock Bar em Santo André. Com as bandas nos trazendo novidades, quem estava lá curtiu bastante as apresentações, porém o frio talvez tenha espantado muita gente...

O evento começou com o Tomada abrindo seu show com a Rock’n’Roll da Rita Lee, já emendando com a nova 99 Cents. A banda mais entrosada que nunca, manda Tem Dias, Só Era Pra Ter Você e mais uma nova, Billy o Esquisito. Um dos últimos sigles lançados, Catarina, abre espaço para a Ponto Fraco e a primeira composição de Márcio Soul na banda, Blá Blá Blá. Em falando do Márcio Soul, já tinha visto ele no CCSP em sua estréia, mas aqui com certeza ele ficou mais solto, tocando com muito mais feeling, se mostrando um excelente guitarrista!, O blues Meu Deus Que Mulher é seguido por mais um single do novo trabalho, O Inevitável, que sairá em pocuo tempo, a música Minha Diva. Uma das musicas mais divertidas que já ouvi, Buggy do Maluco, antecede a última do Tomada na noite, a mais que clássica – e particularmente, o melhor som deles – Boogie do Café.

Em pouquíssimos minutos, já estava ao palco o Pedra. Sem o Rodrigo Hid fazendo os teclados (talvez o espaço la seja um tanto pequeno para que o Pedra toque com teclados – infelizmente, pois em alguns sons faz um pouco de falta), a banda abre com a já tradicional música de abertura dos show Filme de Terror. Se Você For a Fim abre espaço para a belíssima Estrada, música que fecha o primeiro trabalho. Falar da qualidade dos músicos do Pedra é chover no molhado... Como toca esses caras! É incrível como músicas do porte de To Indo a Mil e Se Agora Eu Pulo Fora ainda não são reconhecidas pela mídia “especializada” em Rock’n’Roll. Queimada das Larvas nos Campos Sem Fim, música nova que já vem tocando a tempo ao vivo, é seguida na novíssima – primeira vez tocada ao vivo – Pra Não Voltar, um dos maiores Rock’n’Roll que já ouvi, com Zuppo anunciando que elas farão parte de um single que a banda já está finalizando e soltará em breve. Letras Miúdas começa a reta final da apresentação, terminada com O Galo Já Cantou - música do primeiro disco que nunca tinha visto ao vivo – e com a sempre pedida pelo público O Dito Popular.

O Massahara teve o difícil encargo de fechar a noite, e seu som calcado no Hard Rock setentista com riffs Sabbáthicos, segurou a onda muito bem! Um amigo ao meu lado falou que conheceu a banda em trocas de arquivos com um sueco (!), o que mostra o potencial do Massahara. Infelizmente, sem nosso colaborador e tecladista Ronaldo Rodrigues – por motivos particulares – a banda se apresentou como um Power Trio. E bota Power nisso! Abrindo com Zói’d Cobra e Já Nem Ligo Mais – com um estupendo solo de baixo do Allan no meio da música – Já percebemos que eles eram a banda mais pesada da noite. Cabeça Boa e Tudo o Que Eu Quero esbanjou riffs e mais riffs. Mostrando que a cada apresentação a banda esta cada vez mais entrosada. Fábio anuncia a novidade do Massahara, a música nova Mandacaru, mais voltado pra psicodelia, onde é bem forte na instrumental que leva o nome da banda, Massahara. Uma puta viagem esse tema instrumental, mostrando toda a criatividade dos músicos. A banda fecha com Lugar Ao Sol

Apresentações perfeitas das bandas, com cada uma mostrando músicas novas e como será o novo trabalho de ambas. E um último destaque, como os bateristas das três estão tocando horrores! Alexandre Marciano do Tomada, Ivan Scartezini do Pedra e Douglas Oliveira do Massahara malharam o kit no placo com um peso absurdo e com técnica apuradíssima! Com ceretza os destaques da noite!

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Fabiano Cruz

Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.