Passo a passo, Rod Marenna segue juntando os pedaços para o amanhã
Foto: Thiago Wilbert
Agradecimentos a: Isabele Miranda (assessora de imprensa)
Trancados em casa em razão da pandemia, todos passaram a fazer o necessário para manter a sanidade. Culinariamente inapto – repararam como agora todo mundo sabe fazer pão? – e sem poder fazer coisa alguma que remetesse a esportes e cultura ao vivo (shows, teatro, cinema e exposições), além de tentar ver filmes (streaming, DVD ou TV) e mergulhar nos canais Bis, Music Box Brazil, Arte1 e Curta!, uma das saídas encontradas por este escriba foi se debruçar em bandas atuais, mas, até então desconhecidas e ouvir álbuns de gente renomada, mas que, por algum motivo, passavam batido, gerando um tipo de “lacuna musical” que, a rigor, jamais será totalmente preenchida.
Em meio a tudo isso, na primeira categoria descrita acima, uma das descobertas foi o Marenna, em especial seu EP Pieces Of Tomorrow (lançado em 07/02), e a meta passou a ser entrevistar seu líder, que, por e-mail, pacientemente elaborou quase trinta respostas bem sacadas, costurando um apanhado geral de sua carreira. Vamos a elas e note que, ciente de onde está e de onde quer chegar, Rod Marenna demonstra maturidade do início ao final do “papo”, sem deixar de revelar bom humor, se divertindo com algumas questões:
Vagner Mastropaulo: Para começar, talvez a pergunta mais difícil. Por mais que o Marenna seja uma banda, por levar seu sobrenome, tudo está intrinsicamente ligada a você. Quer queira, quer não, você personifica a banda. Em que isso ajuda e em que isso atrapalha?
Rod Marenna: Bem, o Marenna nasceu de uma necessidade que eu tinha, como artista, de desenvolver minhas características de compositor e vocalista dentro de uma sonoridade que fosse 100% a minha identidade. Por isso o nome, porque é a minha banda, meu projeto solo com parceiros que dividem a mesma energia/visão das coisas e acreditam no que estamos passando em nossas mensagens. Isso te dá mais liberdade e, ao mesmo tempo, te traz mais responsabilidades, como: manter as pessoas sintonizadas e motivadas; cumprir prazos consigo mesmo e com outros profissionais envolvidos; e atingir expectativas. Então é realmente um grande desafio constante.
VM: Uma checagem: ouvindo o som de vocês, a sensação inicial é de um hard rock com influências do começo do Bon Jovi, com Whitesnake. Já alguns sites caracterizam a sonoridade mais recente da banda como AOR. Você concorda com alguma dessas análises?
RM: Concordo com ambas as visões. O som do Marenna é um mix de tudo que estudei e curti durante toda minha carreira musical. Logo, temos músicas com estrutura e melodia das músicas dos anos 80, mas temos a cor, o peso e o veneno das produções mais atuais. Gosto de ser arrojado e de me arriscar transitando entre o AOR e o hard rock. Se fôssemos nos qualificar hoje, diria que fazemos um som mais pautado no melodic rock, ou rock melódico, do que no primeiro trabalho de 2015.
VM: Você disse “estudei”. Não seria “escutei” e algum tipo de correção ortográfica?
RM: “Estudei” mesmo. Passei a vida curtindo e ouvindo as bandas que gosto, no caso, captando e estudando música, estética e técnicas vocais. Todo esse crossover me ajudou a moldar meu estilo.
VM: Partindo de sua banda anterior, o que você traz da Lacross que serviu de aprendizado aplicável ao Marenna, seja musicalmente ou no gerenciamento da carreira?
RM: Muito boa esta pergunta! Na verdade, o embrião disso tudo inicia no extremo sul do estado do Rio Grande dx'o Sul, em Pelotas, por volta de 1994, com as primeiras bandas de hard rock em português de que fiz parte até 1998. Foi quando fundei a Poser, que me daria toda a base que depois eu trouxe para a Lacross e hoje para o Marenna. Com a Poser, desenvolvi minhas primeiras habilidades como vocalista/compositor, fazíamos um som um pouco similar ao Marenna, mas com pitadas mais pop e com toques mais progressivos. A banda findou em 2006 e, com isso, levei algumas destas composições para o que seria a Lacross, uma espécie de crossover com a sonoridade da Poser e grupos mais modernos da época, como Nickelback, Bon Jovi dos anos 2000 e Daughtry. No primeiro disco, usamos algumas composições da Poser, mais algumas em conjunto com Diego De Toni (baterista) e Ricco Sirtoli (guitarrista), que saíram no nosso único álbum, de 2011. Posteriormente, com outra formação, lançamos um último single em 2016 e, desde 2017, estamos num hiato, sem previsão de volta. Quando se tem uma banda, muitas pessoas estão envolvidas, porém nem sempre é fácil de se lidar com isso. De outra forma, com um trabalho solo, todos os investimentos e decisões acabam gerenciados por uma pessoa apenas, o que torna a coisa um pouco mais ágil. Por outro lado, você acaba sobrecarregado, mas se você acredita e está dando certo, o importante é escolher as pessoas certas e prosseguir.
VM: Pesquisando, descobri que, apenas com o EP My Unconditional Faith (2015) no catálogo, vocês participaram de uma seletiva para tocar no Sweden Rock Fest, terminando entre as dez primeiras bandas de um total de 1200. Como se deu o contato para concorrer no concurso? A participação pode ser apontada como um empurrão na carreira da banda?
RM: Na verdade, nem tínhamos o EP. Esse processo todo aconteceu em novembro de 2014, tínhamos de noventa a cem dias do lançamento do projeto e fomos selecionados pelo júri técnico do concurso entre mais de 3000 inscritos do mundo todo. Com isso, passamos para uma segunda fase e, na terceira etapa de votação, acabamos em nono lugar. Isso foi muito bacana, nos deu uma maior amplitude e conhecemos muitas pessoas, cuja maioria nos relacionamos até hoje. Com certeza foi um diferencial e abre algumas portas ainda hoje.
VM: Ainda sobre My Unconditional Faith, à época de seu lançamento, as resenhas te apresentavam como “Rodrigo Marenna”. Quando e por que você passou a assinar ou ser reconhecido apenas como “Rod Marenna”?
RM: No final de 2015, fiz uma viagem para a Escócia e percebia que as pessoas não conseguiam pronunciar “Rodrigo”. Pensei: “Se quero focar boa parte do meu trabalho para as pessoas que estão do outro lado do mundo e que falam outras línguas, meu nome tem que ser de fácil assimilação, tem que soar limpo”. Então cortei para “Rod” e funcionou [risos]...
VM: Você é o único membro original na formação atual. Logo, esteve presente em toda a discografia da banda. De modo cronológico, como você enxerga a evolução do Marenna, seja na sonoridade ou mesmo na maturidade profissional da banda? Percorramos cada um dos lançamentos e peço para que você teça comentários:
RM: [sobre My Unconditional Faith (2015) – EP]: Foi a fase inicial, de moldagem da sonoridade e redescobertas, da definição estética que iríamos imprimir e identidade que iríamos dar ao projeto. Comecei com quatro músicas, com mensagens altamente motivacionais, e muito calor e emoção. Nestas faixas, pude resumir tudo que eu estava sentindo e foi muito bom, pude realmente me conectar com as pessoas. Nesta época, apenas queríamos lançar as músicas e eu nem pensava em ter uma banda fixa.
RM: [sobre No Regrets (2016) – Full Length]: Aqui tínhamos o aval da gravadora, uma base de fãs pedindo por shows e por um disco completo. Logo, a responsabilidade foi maior e, com isso, trabalhamos com a banda fixa na maior parte das músicas e com várias participações para trazer um tempero mais amplo ao trabalho. Pude transitar por todas as minhas inspirações dentro do hard rock melódico.
RM: [sobre Livin' No Regrets (2018) – Ao Vivo]: Com a banda na estrada, registramos dois shows e, com o passar do tempo, ao ouvirmos o material, vimos que aqueles registros estavam tão orgânicos e verdadeiros que senti a necessidade de dividi-los com o público. E com a ajuda de dois amigos, conseguimos a distribuição deste álbum nas mídias físicas e digitais.
RM: [sobre Pieces Of Tomorrow (2020) – EP]: Passados dois anos desde No Regrets, dei ênfase a cinco novas composições e percebi que três se destacaram e apontaram para uma nova direção sonora, mais madura e consistente. Apostando neste conceito, lançamos o EP Pieces Of Tomorrow, que fala sobre redescobertas, reconstrução e resiliência, sobre recomeçar todos os dias, mesmo que as paredes estejam caindo ao seu redor.
VM: De No Regrets, “Fall In Love Again” é uma parceria com os irmãos Ivan e Andria Busic, do Dr. Sin. Como aconteceu o contato com eles? A idéia partiu de você ou deles?
RM: A ideia foi minha. Entrei em contato, mostrei a idéia da música, fechamos a parceria para a produção e, quando as bases ficaram prontas, fui a São Paulo para gravar as vozes. Logo depois, meu amigo Sasha Z se encarregou de compor os solos de guitarra da música.
VM: Com dois EPs, um álbum de estúdio e um ao vivo no catálogo, só falta mesmo um DVD. Há planos para lançarem um?
RM: Sim, há planos, mas ainda precisamos lançar mais álbuns de estúdio. É um projeto que tenho em vista para os próximos anos.
VM: Dando um salto para o momento atual, todo mundo está tendo que se reinventar e ser criativo durante a quarentena. O que vocês estavam fazendo exatamente e tiveram que dar um tempo devido à pandemia?
RM: Estávamos trabalhando o novo show e planejando os novos materiais de divulgação do EP quando tudo parou. Por conta disso, nossos encontros se tornaram virtuais e, para não deixar a peteca cair, fizemos três vídeos em formato split, com cada um em sua casa ou espaço para difundir nossa música. Dois deles, inclusive, entraram em festivais nacionais online que aconteceram. Por ora, estamos nos organizando para lançarmos alguns materiais até o final do ano, sempre com todos os cuidados recomendados, e encerrar o ciclo de divulgação do EP.
VM: Em 20/06 vocês participaram do Quarentena Rock Online Fest III. Para quem não pôde assistir, como funcionou a dinâmica? E como rolou o convite?
RM: Sim, foi um dos eventos que citei. Fizemos contato com a produção e mostramos nosso material, que foi selecionado. Foi muito bacana poder participar, a nível nacional, com várias bandas de alto calibre e uma audiência nova, com a qual até então não tínhamos contato. Gravamos o vídeo, cada um no seu espaço, o Luks, nosso tecladista, mixou, masterizou e produziu o vídeo e ele foi transmitido em streaming ao vivo no dia do festival.
VM: Vocês participaram de alguma outra live coletiva?
RM: Sim, do Roadie Crew Online Festival, nos mesmos moldes do outro evento e, desta vez, tendo o Sepultura como headliner e algumas atrações internacionais de heavy metal. É sempre desafiador entrarmos com nosso som mais melódico nestes eventos em que as pessoas esperam algo mais pesado e agressivo, mas, ao mesmo tempo, é recompensador ver que, mesmo assim, nossa música sempre acaba tendo uma grande aceitação.
VM: Durante essa pausa forçada, vocês lançaram a Lockdown Version de “Getting Higher”. Para o vídeo, tudo foi feito remotamente, com cada membro gravando sua parte isoladamente até que o próprio tecladista, Luks Diesel, editasse o material. Como foi essa experiência inusitada e original?
RM: Exato, foi nosso terceiro vídeo neste formato [nota: antes vieram “Fall In Love Again” e “Keep On Dreaming”, respectivamente em 29/04 e 25/06]. Como tínhamos feito outros dois praticamente com os mesmos ângulos de câmera, resolvemos que faríamos este com outro conceito. Logo, montamos um pequeno roteiro com os formatos de vídeo, figurino, efeitos, filtros, etc... Acho que tivemos um bom resultado e o vídeo foi bem aceito no festival.
VM: Luks também assina a arte da capa de Pieces Of Tomorrow, tornando-se uma espécie de coringa e tendo várias funções na banda. Isso deve gerar algumas brincadeiras internas. Ou não?
RM: Sim, Luks é um grande cara e um excelente profissional, com sede infinita de aprendizado, humildade e senso crítico muito refinados. Isso traz uma segurança muito grande a qualquer trabalho que se faça com ele, um grande upgrade para o nosso time, com certeza. Além de ser ótimo músico, arranjador e produtor, o cara ainda manda legal na guitarra, violão e baixo. Eu queria um tecladista, arranjei um pacote completo e ainda um irmão de estrada. Quanto às brincadeiras, acho que não. A gente tenta ser sempre sério [risos]...
VM: A faixa-título traz um lyric vídeo assinado por Tiago Medeiros, da TM Artwork. Você e ele já haviam trabalhado juntos?
RM: Sim, ele já havia sido responsável pelo lyric vídeo de “Life Goes On” lá atrás, em 2015, e também já tinha feito o lyric de “Efeito Colateral”, ainda na Lacross. E ele fez as artes do Marenna-Meister, então é uma pessoa que já conheço há um bom tempo e trabalhou em algumas artes comigo aí.
VM: A formação para a gravação de Pieces Of Tomorrow foi com você nos vocais, Alex Reck (guitarra solo), Jonas Godoy (guitarra base e baixo), Luks Diesel (teclados) e Arthur Schavinski (bateria). Ao vivo, vocês se apresentam apenas com Alex na guitarra e Bife no baixo. Por que Jonas Godoy não toca ao vivo com vocês?
RM: Como, desde o início, o projeto era não ter o compromisso de uma banda fixa, as bases todas eram gravadas com o apoio do Jonas e o importante no momento era produzir o material de estúdio. Com o crescimento do projeto, percebi a necessidade de levar essa energia do estúdio para o palco e, desta forma, optei por ter uma banda me acompanhando. O Jonas gravou as bases para o EP, como de praxe, e, no passado, ele havia feito alguns shows conosco. Inclusive, ele participou do Livin’ No Regrets fazendo as guitarras base nos dois shows que gravamos para o álbum. Com o passar do tempo, ele acabou se dedicando mais ao estúdio e às produções, sobrando pouco tempo para ensaios e produção de shows ao vivo como o nosso, que demanda bastante em ensaios e detalhes. Por isso ele acaba participando somente de coisas pontuais.
VM: E o que se altera na dinâmica do conjunto quando alguém grava o álbum, mas não cai na estrada para fazer os shows?
RM: Penso que estúdio é estúdio e ao vivo é ao vivo. São momentos diferentes e o grande desafio, na verdade, é manter um equilíbrio e uma qualidade sempre acima da média para o espectador, pois, ao vivo, temos que entregar mais do em estúdio. É uma troca ali, naquele momento, então sempre procuro escolher as pessoas certas para a função. Para que sempre possamos entregar o nosso melhor ao vivo, cabem ensaios, reuniões de alinhamento, ou seja, sempre tem aquele frio na barriga de tocar com pessoas que não gravaram com você. Mas acho que temos suprido plenamente isso no decorrer do tempo do projeto.
VM: Façamos um faixa-a-faixa focando no que serviu de inspiração para cada uma das três faixas do EP. Se preferir contar algum fato inusitado sobre a gravação das músicas, fique à vontade:
RM: [sobre “Getting Higher”]: Ela fala sobre determinação, sobre acordar em meio aos escombros, reavaliar toda sua trajetória e tomar uma atitude.
RM: [sobre “Pieces Of Tomorrow”]: Aqui exploramos a resiliência. Quanto mais apanhamos da vida, mais queremos levantar e prosseguir. Como inspiração, busco me conectar com algum fato do meu passado e a alguma situação presente.
RM: [sobre “Break My Heart Again”]: Decepção! Quem nunca teve? Vamos mais além aqui, ao ponto em que um amor mal resolvido pode atormentar presente e futuro e, muitas vezes, te levar para baixo, mas tão baixo, que você não consegue se levantar, mas, no fundo, encontra forças para prosseguir, mesmo sabendo que não pode amar de novo.
VM: Como foi a resposta dos fãs ao material lançado? Aliás, vocês são ativos em redes sociais a ponto de interagir com eles?
RM: A resposta foi bem interessante, com concordância unânime em que achamos um ponto mais maduro e consistente no trabalho. Sim, somos bem ativos em nossas redes e respondemos a todos sempre.
VM: Imaginando que em alguma hora o mundo terá de voltar ao normal, o que já está engatilhado para os passos mais próximos? E o que vocês planejam a médio prazo?
RM: Até dezembro, iremos lançar alguns materiais que já foram produzidos e estão nos ajustes finais de pós-produção. E, logo em seguida, iremos nos focar no nosso próximo álbum.
Foto: Alex Menezes
VM: Além do Brasil, qual outro mercado tem sido o mais receptivo ao som de vocês? Pela sonoridade, tendo a chutar o Japão. Errei?
RM: Brasil, acredito que pela proximidade, mas, mesmo assim, ainda é um estilo novo aqui e ainda temos que trabalhar bastante em nosso solo. Mas Europa, alguns países-chave, Japão e Estados Unidos ainda são os maiores centros que consomem nosso som.
VM: Fazendo minha lição de casa, descobri que vocês já tocaram na Argentina. Foi em Buenos Aires? Em qual ano? E quais outros países já se apresentaram?
RM: Sim, fizemos quatro shows em Buenos Aires e outras regiões próximas em 2017, como banda convidada pelos amigos da Gueppardo [nota: banda gaúcha de hard ‘n’ heavy]. Foi muito bacana como aprendizado e relacionamento e há planos para outra turnê internacional em 2022.
VM: Talvez seja muito cedo para antecipar, mas também pela Argentina? Ou desta vez por mais países da América Latina?
RM: A tour será europeia ou pela América do Norte, a princípio.
VM: Vocês devem ter acesso às estatísticas das plataformas digitais...
RM: Sim, fazemos cruzamento mensal das informações para direcionar nossas campanhas e gestão de tráfego.
VM: O que elas costumam representar para os artistas? Digo, elas são levadas em conta em algum momento do desenvolvimento do trabalho, mais especificamente na hora de compor?
RM: Não, usamos as plataformas apenas para mapear nosso alcance e o interesse das pessoas em nossa música. A composição surge de referências dentro do nosso estilo e de assuntos que gostamos de abordar. Não seguimos algum tipo de moda. Seguimos nosso estilo e vamos adaptando e o atualizando a cada lançamento.
VM: Perguntas mais gerais agora. Na estrada desde 1993, você sente que o fã atual de rock/metal é menos radical do que o das décadas anteriores?
RM: Muita coisa mudou, sinto que hoje existem níveis de relacionamento, jornadas, na verdade. E cada etapa tem que ser levada com seriedade, sempre procurando entender e segmentar seu público. Hoje a coisa está muito “nichada” e nivelada, então o volume de informação é muito grande e você concorre com outras coisas, não somente música, pela atenção das pessoas.
VM: Uma questão pessoal: até onde busquei na memória, não me recordo de já ter visto algum outro vocalista com aparelho fixo nos dentes. Mera curiosidade: ele não atrapalha em nada para cantar?
RM: [risos] É a primeira vez que alguém me pergunta isso... coloquei o aparelho há um ano e, no início, estranhei um pouco, mas depois me adaptei ao meu jeito de cantar e deu tudo certo. Já gravei várias músicas e é vida que segue. Mas existem outros artistas com aparelho por aí. Não vou citar, mas sei que existem.
VM: E só para não passar batido, você se referiu brevemente ao Marenna-Meister. O que mais você pode nos contar sobre o projeto? O que rolou até surgir Out Of Reach?
RM: O Marenna-Meister surgiu meio que por acidente. Um belo dia, o Alex Meister (ex-Pleasure Maker) ouviu um som meu em uma rádio de Melodic Rock lá da Europa e, ao saber que eu era brasileiro, me deixou uma mensagem. Logo em seguida, começamos a trocar ideia e, nisso, ele comentou que tinha algumas ideias que não tinha gravado e aí surgiu o plano de gravarmos uma música em colaboração, um lance meio sem pretensão. Porém, a gente gostou da brincadeira e fizemos mais uma e aí, para a gravação, ele convidou L. Tilly, baterista da banda carioca Silent, e Cris Gavioli para o baixo. Gravamos duas músicas, lançamos uma delas, “Follow Me Up”, como single em julho/19, e aí logo veio a proposta da Lions Pride Music, selo dinamarquês, para lançarmos um álbum completo. Entre os meses de julho/19 e abril/20, trabalhamos neste projeto que, agora no dia 28/09, ganhou seu lançamento mundial digital e em CD. Já temos mais um single, “The Price Of Love”, lançado em 04/09, “(There's So) Many Things” foi lançada com clipe em 25/09 e mais alguns materiais estão nos planos para movimentar a promoção do álbum. O estilo é totalmente calcado no hard rock americano de arena do final dos anos 80, com produção atualizada.
VM: Deixe um recado final para os fãs do Marenna!
RM: Fiquem cada vez mais conectados conosco, compartilhem nossas redes e vamos crescer nossa relação cada vez mais. Quero agradecer a cada um que nos segue, compartilha, compra nossos materiais e, de alguma forma, se conecta conosco. Com seu apoio, você nos incentiva a trazer, cada vez mais, mais materiais de qualidade e a fortalecer este estilo no país. Um abraço!
Foto: Roger Clots
Confira o lyric vídeo de “Pieces Of Tomorrow”: https://www.youtube.com/watch?v=Fagb5STtgXw
Confira a Lockdown Version de “Getting Higher”: https://www.youtube.com/watch?v=1XYncZGs6cs
Marenna é:
Vocals: @rodmarenna
Guitars: @alexreckmusic
Bass: @officialbife
Keyboards: @luksdiesel
Drums: @arthurschavinski
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Assessoria: Isabele Miranda @isabelemirandatv
Confira também a resenha do EP “Pieces Of Tomorrow”: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6934/
Confira também a resenha do álbum ao vivo “Livin' No Regrets”: http://www.alquimiarockclub.com.br/resenhas/6633/
Bacharel em inglês/português formado pela USP em 2003; pós-graduado em Jornalismo pela Cásper Líbero em 2013; professor de inglês desde 1997; eventualmente atua como tradutor, embora não seja seu forte. Fã de música desde 1989 e contando... começou a colaborar com o site comoas melhores coisas que acontecem na vida: sem planejamento algum! :)