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Michael Kiske: não odeio o Metal, odeio ideologias erradas

Por Bruno Veloso | Em 21/06/2010 - 15:19

Fonte: whiplash


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Tendo feito meu primeiro show ao vivo depois de quase 17 anos eu gostaria de dizer que eu fiquei realmente emocionado de ainda ter tantos amigos por aí depois de tanto tempo. Algumas pessoas até mesmo vieram da Rússia apenas para nossos shows de aquecimento, outro cara veio da Turquia! É inacreditável. Eu estou profundamente honrado e comovido com isso e não desprezo nada disso...

 

Minha voz não estava metade do que eu queria que estivesse em termos de condições para situações ao vivo, isso sempre precisa de algum tempo, especialmente depois de tantos anos, mas na maioria das músicas eu me saí bem e o público era ótimo.

 

Foi muito importante para mim ter um novo contato cara-a-cara com as pessoas depois de me isolar por um longo tempo. Na Suécia foi extremamente legal ver como o UNISONIC foi bem vindo e quantos autógrafos nós tivemos que dar. E não foram apenas CDs dos Keeper ou do Place Vendome que eu tive que assinar; todo segundo CD parecia ser um dos meus CDs solo. Eu não esperava por isso.

 

Eu fui bastante áspero com a cena-metal durante algum tempo e bastante irritado sobre isso, porque eu não conseguia lidar com certas coisas da cena, e isso pode ter feito com que eu fosse um pouco injusto ocasionalmente, mas isso não durou muito tempo. E encontrar vários de vocês, fãs, agora de novo me ajudou a ajustar-me ainda mais.

 

Eu não odeio todo o Metal, eu apenas odeio ideologias erradas moralmente que estão circulando dentro da cena metal e eu não aceito nenhum tipo de escravização da arte. Mas eu ainda gosto de rock, sim, até mesmo alguns de meus discos favoritos de metal da minha juventude, porque a maioria deles são simplesmente grandes discos de rock. Em muitas maneiras a música não foi exatamente o problema. Meu problema foi, é e sempre será a doença satânica que é comum na cena. Eu não tenho NENHUM entendimento quanto à glorifiação da inumanidade e da falta de coração e mentalidades fascistas.

 

Eu acredito em humanos de bom coração, amor e entendimento, e aquela música livre e honesta é a única lei para uma cultura musical verdadeira e saudável. O que eu critiquei sobre o metal foi muito pouco, mas para cada um de seus próprios, claro. Eu sempre falarei o que estiver na minha mente. Minhas convicções artísticas, morais e espirituais não mudaram nenhum pouco, mas eu estou mais relaxado agora e se eu fui longe demais no passado eu sinto muito, eu não quero ser injusto de forma alguma.

 

Nem todos os fãs de metal são ignorantes e satanistas, eu nunca realmente pensei desse jeito. Eu na verdade encontrei apenas fãs de rock e metal legais, de bom coração e inteligentes nessa pequena "Tour". Alguns até mesmo pareceram entender meu modo de pensar, quando conversamos. Eles eram muito mais mente abertas e amigáveis do que eu pensei, e se isso for representativo para a maioria eu ficarei feliz. Eu queria deixar essas palavras para vocês, caras, enquanto tudo ainda está fresco".

 

Paz e amor!
Vejo-os em algum momento!

Michael Kiske



Bruno Veloso

Membro Idealizador do Projeto, Produtor de Eventos e Produtor Cultural, atuando profissionalmente na área de eventos desde 1993, na produção técnica/artística com serviços prestados em praticamente todos os veículos de comunicação: teatro, televisão, eventos sociais e coorporativos, desfiles, portal web etc. Na Produção Cultural com atividades em organizações do terceiro setor atuou como Diretor de Eventos do I.A.C.E ( Instituto de Ação Cultural e Ecológica) desde o ano 2000 até 2010 com eco-eventos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, Uni Lever dentre outros e Produtor Cultural do Casa Brasil de Pirituba no ano de 2008, alem de toda a programação cultural do Alquimia Rock Bar em 2003 e 2004.




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