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“Uma grande parte da minha vida se foi com Ronnie”, diz Geezer Butler

Por Bruno Veloso | Em 28/08/2010 - 12:43

Fonte:imprensa rocker


O repórter Keith Carman, do website canandense “Exclaim.ca”, conduziu uma entrevista com o baixista do Black Sabbath/Heaven and Hell, Geezer Butler, que falou sobre Dio, planos para o futuro, além do DVD “Paranoid” da série “Classic Albums”.

 

Confira abaixo a entrevista na íntegra, com exclusividade no Imprensa Rocker!

 

Sem o baixista Geezer Butler – nascido Terence Michael Joseph Butler – não existiria uma coisa chamada Heavy Metal. Não apenas ele é um quarto da banda essencial ao gênero, Black Sabbath, mas com seu inimitável estilo, forte e poderoso sem ser falso ou pomposo, ele é responsável por um legado musical que transformou um instrumento até então ignorado em algo do caralho. Para registrar: foi o trabalho de Butler nos primeiros lançamentos do Black Sabbath – tanto no debut quanto no clássico “Paranoid” – nos subseqüentes quarenta e tantos anos com a banda (deixando de fora os abomináveis álbuns de meados dos anos 80, quando até ele abandonou o grupo), além do Heaven and Hell e do G/Z/R, sua aventura solo, que moldou os estilos dos quais suas bandas se tornaram sinônimo.

 

 

 

Com uma pegada semelhante a de John Entwistle, do The Who, Butler se recusou em deixar seu instrumento ser enterrado em simplicidade. Ele tirou o baixo das sombras e o colocou em evidência como um instrumento de valor próprio. Combinando livremente um ataque percussivo com uma presunção do blues, fortes agudos e graves ecoantes, além de um infinito dedilhado que não abafava a música e nem perdia a conexão com a batida, Butler não segura o ritmo; ele os acelera sem nunca ter sua absurda calma abalada. Essencialmente, se não fosse pela simplicidade de Butler em “War Pigs” ou “Iron Man”, e pelas batidas com wah wah na abertura de “N.I.B.”, não teríamos um Cliff Burton, nem uma “(Anesthesia) Pulling Teeth” e, portanto, não haveria o Metallica. Nem teríamos o Megadeth, Anthrax, Slayer, e nenhuma outra banda de Metal, com baixistas em evidência nos mostrando que o baixo é tão viríl e flexível quanto o mais selvagem virtuoso da guitarra.

 

Contudo, poucos meses após perder seu amigo de longa data e companheiro de banda, Ronnie James Dio, para um câncer no estômago, Butler não sabe o que o futuro guarda para o Black Sabbath ou para o Heaven and Hell. Ao tirar um tempo para falar sobre sua vida, e sobre o 40º aniversário do “Paranoid” – lançado em 18 de setembro de 1970, o dia em que Jimi Hendrix foi declarado morto – Butler está esperançoso quanto ao futuro, mas ainda negocia com o passado.

 

Existe alguma real atualização do status do Black Sabbath/Heaven and Hell atualmente?
Realmente não. Estamos todos em resguardo desde que Ronnie se foi. Fizemos um show em tributo para arrecadar fundos para sua fundação e combate ao câncer e é só. Estamos apenas pensando no que iremos fazer a seguir.

 

Minhas condolências para todos. A morte de Dio foi um grande choque para o Metal.
Sim, tudo estava indo tão bem, e então aquilo aconteceu.

 

Vocês da banda esperavam por isso? Parecia que ele iria superar a doenção e de repente…
Foi uma daquelas situações, na qual ele estava respondendo bem ao tratamento e todos estavam bem animados novamente. A turnê estava indo em frente de novo e Ronnie estava ansioso por aquilo; estava ansioso para voltar à turnê. Cerca de seis semanas antes, a doença voltou e lhe atacou fortemente.

 

Parece que as pessoas não percebem que você não apenas perdeu um companheiro de banda, mas um amigo.
Com certeza. É muito difícil porque, obviamente, isto nunca havia acontecido com nós. É difícil saber o que fazer, especialmente na nossa idade. Nós não temos certeza.  Nós começamos tudo novamente? Apenas vamos ver o que acontece. Este é o ponto. Ele era um amigo muito próximo, além de alguém com quem trabalhava. É uma grande parte da minha vida que se foi.

 

Você realmente acha que teriam que começar tudo outra vez?
Bom, falo de arrumar um cantor e este tipo de coisa; a pessoa certa. Suponho que isto se resolverá sozinho.

 

Há alguma coisa em mente?
Não no momento…

veja entrevista completa neste link



Bruno Veloso

Membro Idealizador do Projeto, Produtor de Eventos e Produtor Cultural, atuando profissionalmente na área de eventos desde 1993, na produção técnica/artística com serviços prestados em praticamente todos os veículos de comunicação: teatro, televisão, eventos sociais e coorporativos, desfiles, portal web etc. Na Produção Cultural com atividades em organizações do terceiro setor atuou como Diretor de Eventos do I.A.C.E ( Instituto de Ação Cultural e Ecológica) desde o ano 2000 até 2010 com eco-eventos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, Uni Lever dentre outros e Produtor Cultural do Casa Brasil de Pirituba no ano de 2008, alem de toda a programação cultural do Alquimia Rock Bar em 2003 e 2004.




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