Ozzy X Iommi
Após a notícia do processo aberto por Ozzy Osbourne contra Tony Iommi ter circulado na internet e causado indignação em muitos fãs, o ex-vocalista do Black Sabbath emitiu um comunicado comentando sobre o caso. A nota oficial está publicada no site de Ozzy, em www.ozzy.com. Veja abaixo a tradução do comunicado:
“É com grande pesar que tive que recorrer à essa ação legal contra meu companheiro de longa data Tony Iommi, mas depois de três anos tentando resolver esse problema amigavelmente não tive outra escolha. No meio da década de 90, depois de constantes e numerosas mudanças na formação do grupo, a marca Black Sabbath estava literalmente no fosso, e Iommi (fazendo turnês com o nome Black Sabbath) foi reduzido à tocar em clubes.
Desde 1997, quando Geezer (Butler, baixo), Bill (Ward, bateria) e eu nos juntamos novamente à banda, o Sabbath retornou à sua antiga glória e nós tocamos em arenas e anfiteatros lotados para mais de 50 mil pessoas em shows por todo o mundo. Trabalhamos coletivamente para restaurar a credibilidade e trazer dignidade novamente ao nome Black Sabbath, o que levou a banda a conquistar uma posição no Rock and Roll Hall of Fame do Reino Unido em 2005 e dos Estados Unidos em 2006.
Ao longo dos últimos 12 anos, foram meus representantes que supervisionaram o marketing e o controle de qualidade da marca Black Sabbath durante a Ozzfest, turnês, merchandising e relançamentos de álbuns. O nome Black Sabbath hoje tem prestígio no mundo inteiro e um valor de mercado que não teria se continuasse na estrada antes da turnê de reunião em 1997.
Tony, estou muito triste que isso tenha chegado à este ponto, de tomar esta ação contra você. Eu não tenho o direito de falar por Geezer e Bill, mas eu sinto que moralmente e eticamente a marca deveria pertencer a nós quatro de maneira igual. Eu espero que este primeiro passo termine de uma vez por todas com isto. Nós todos trabalhamos muito em nossas carreiras para deixar que você venda merchandise que apresenta a cara de todos nós, capas de álbuns antigos do Black Sabbath e logotipos da banda, e então você nos diz que os direitos autorais lhe pertencem.
Estamos todos nós com mais de 60 anos agora, o legado do Black Sabbath irá viver depois que todos nós tivermos ido, por favor, faça a coisa certa”.
Em outro comunicado o vocalista disse: “Estou muito triste que eu tenha que tomar ações legais contra Tony. Isto é algo que eu tentei desviar por anos. Não sou a voz de Geezer ou Bill, porém, até o dia que eu morrer não irei mudar de idéia sobre isto. A marca Black Sabbath deveria pertencer igualmente à Geezer, Bill, Tony e eu, pois a formação verdadeira do Black Sabbath é Tony, Geezer, Bill e eu. Somos todos companheiros desde a escola, eu sempre disse que havia uma linha invisível que nos mantinha juntos.
Tony, vamos deixar este negócio ridículo de lado e continuar com nossas vidas. Você tem 61, eu tenho 60. Eu espero que ainda tenhamos uns bons 20 anos pela frente. Mas se não, Deus me livre que aconteça algo contigo, o que irá acontecer com a marca Black Sabbath? Quem irá olhar por ela? Você não acha que depois que nós formos deste mundo os direitos devam ficar com sua família, a minha, de Bill e Geezer?“.
A repercussão do caso fez com que o escritor e músico Joel Gausten, autor de um livro sobre o Sabbath chamado “The Sabbath Interviews” se pronunciasse. “Então, a internet está explodindo em conversas sobre o processo de Ozzy contra Iommi. Como um grande fã do Black Sabbath que teve a honra de entrevistar diversos membros do passado e do presente durante os anos não pude resistir em comentar este caso.
Ozzy pedir 50% dos direitos de uma banda que ele não teve nada a ver por 16 anos é estúpido. Como alguém que ama muito o trabalho na era pós-Ozzy (como o ‘The Eternal Idol’), se não até mais do que os primeiros oito álbuns, eu tenho que dizer que o verdadeiro espírito do Black Sabbath estará sempre com Iommi.
Também não vamos nos esquecer do talento de quem tocou no Sabbath na era pós-Ozzy - especialmente os grandes Bob Daisley, Eric Singer, Tony Martin e Cozy Powell. Eles estavam tocando muito e mantendo a banda enquanto Ozzy, Geezer e Bill estavam fazendo suas próprias coisas. Estes caras foram e se mantém tão vitais à história do SABBATH quanto a formação original”.
Membro Fundador