Mulheres que renasceram de um relacionamento tóxico são protagonistas do videoclipe da música “Um Sopro”, da banda PAD
Por Vagner Mastropaulo | Em 24/03/2021 - 19:26
Fonte: Assessoria de Imprensa PAD / Cindy9
Foto: Reprodução YouTube
Dirigido, criado e produzido por Shunji Ikuta, Thiago Beck, Lucas Dias em parceria com a Cindy9, o clipe convida mulheres que sofreram marcas de violência na pele, para remarcarem suas cicatrizes do passado com tatuagens de suas novas marcas: as do empoderamento e do amor-próprio.
Março de 2021 - Relacionamentos abusivos deixam marcas que ficam com a gente para sempre, de um jeito tão profundo que já não é mais possível esquecer o passado. Mas ressignificar essa experiência de uma maneira que te fortaleça a seguir em frente no presente, sempre é possível. A música “Um Sopro” da banda PAD é sobre alguém que transformou a marca do abuso em uma nova: a do empoderamento, crescimento, força, amor-próprio.
O clipe documental revela mulheres que foram agredidas em relacionamentos abusivos e marcadas por violência na pele para contar suas histórias. O filme permeia a relação de mulheres e seus agressores, entre elas a de uma bailarina – que sofreu violência doméstica e nos conta sua história e renascimento através do movimento da arte e corpo de sua dança, que mistura balé clássico e dança contemporânea.
Para acobertar as marcas da violência, o filme nos leva para um estúdio de tatuagens, onde as personagens não se intimidam em contar seus traumas e ter a chance de trocar as marcas na pele por outras. Só que agora, suas peles são remarcadas e cobertas com tatuagens que simbolizam sua própria força, cura e amor-próprio, cobrindo as cicatrizes da violência, para que superem suas dores e sigam em frente, notando o amadurecimento que elas tiveram com suas experiências traumáticas e que se tornaram um símbolo de força e superação, saindo da situação de vítima para donas de suas próprias vidas.
Quanto à letra escrita por Fabio Noogh, o produtor musical Cesar Gavin dá o contexto: “Um Sopro" testa o limite do ser humano entre a dor, desespero e fragilidade para a lógica, a superação e, talvez, a sanidade. O tema de ‘Um Sopro’ é o excesso, que pode invadir a sua capacidade de escolha. Uma reflexão entre paixão, domínio e obsessão”.
“Quem nunca se apaixonou perdidamente por alguém a ponto de não querer enxergar defeitos intolerantes, mesmo visíveis e obscuros? Quem nunca cedeu à tentação ou sentiu vontade de experimentar situações ou substâncias que provocam sensações de prazer, felicidade, bem-estar ou adrenalina, mesmo sabendo dos males e efeitos colaterais que causam, só para tentar apaziguar a mente ou elevar o ego? "Um Sopro" serve para lembrar que: existem saídas mesmo nas situações mais difíceis; que não faltam canais de auxílio adequados e pessoas devidamente preparadas para nos orientar e salvar quando mais precisamos; e que não somos perfeitos, mas mais fortes e resilientes do que imaginávamos”, reitera Fabio Noogh, vocalista do PAD.
O processo criativo do videoclipe
O diretor do clipe conta que a música “Um Sopro” da banda sempre lhe chamou a atenção por falar abertamente sobre o tema dos relacionamentos abusivos, algo que esteve em sua cabeça desde o ano passado, por conta de um curta-metragem que tentou desenvolver na época com Lucas Dias, e que foi debatido com as atrizes Tamires Mandu, Renata Gaspar, Olivia Araújo e Fafá Rennó.
Vendo a oportunidade de falar novamente do tema, convidou Lucas Dias e o diretor de fotografia Thiago Beck para co-criarem a ideia. Ao saber da proposta, a Cindy 9 abraçou o projeto.
Shunji levou o tema para as sessões de terapia com sua psicóloga Ana Maria Collete Chalfun Puech, que também é psicoterapeuta especialista em relacionamentos e autoestima. A especialista virou uma espécie de consultora para o projeto.
Para o diretor, o ballet é uma metáfora para a relação abusiva, existem várias histórias que contam como o ballet leva ao extremo seus treinos, carreira e tudo mais, mulheres que praticam bulimia para continuar magras, fazem cirurgias para tirar a costela e entre outras práticas. Já a tatuagem significa apagar o passado e reescrever a sua história. As metáforas foram o caminho encontrado para conduzir a narrativa desse filme.
“O projeto todo teve relatos fortes e espontâneos de suas participantes, como a Andreia que disse ‘ele tentou me matar e tudo bem, eu estava errada’. Foi difícil ouvir isso. Assim como as falas da Thamires Riechelmann e da Claudia Ferrazzini. Porém, foi extremamente gratificante ver que todos conseguiram ressignificar seu passado de dor para uma esperança maior no presente. A Andreia Hirome falou que tinha anos que queria tatuar por cima da cicatriz causada pelo seu antigo agressor. Fico feliz que ela tenha conseguido realizar isso nessa nova empreitada. Serei sempre grato por elas me permitirem contar uma parte de suas histórias, que eu espero que a partir de agora, seja repleta de boas energias”, comenta Shunji.
A música que foi lançada em 11/12, conta com pouco mais de cinco minutos e foi mixada e masterizada pelo guitarrista da banda, Marcos Kleine e gravada em três locais distintos: Palm Tree Studios, LPA Estúdio e Estúdio Cayres. Como novidade, a parte instrumental do sexteto incorporou novos elementos ao trazer Anderson Santoro e Rodrigo Silva (violinos), Edmur Mello (viola) e Renato Sá (cello), com arranjos escritos por Leandro Pit.
Atrizes: Thamires Riechelmann, Andreia Hirome and Claudia Ferrazzini
Produção Executiva: André Magri, Rino Siviero and Shunji Ikuta Filho
Roteiro e Direção Criativa: Lucas Dias
Shooting Board: Tadeu Knudsen
Diretor de Fotografia: Thiago Beck
Diretora de Arte: Rebeca Ukstin
Contra Regras: Gilberto da Silva Oliveira and Tiago Sartorelli
Produtora de Objetos: Claudia Cristina Ferrazzini
Casting: Virginia Favrim and Hirschmann
Figurino: Marcos Cherevek
Maquiadora: Monica Barboza
Som Direto: Samuel Braga
Tatuadores: Daniel Ferrari and Deyse da Silva
Montagem: 203 Edit & Post
Montadores: Felipe Hassum e John Branco
Coordenadora de Pós: Camila Santana
Assistente de Pós: Lucas Garcia
Pesquisa Criativa: Eduardo Gasparian e Shunji Ikuta Filho
Correção de Cor: The End
Diretor Executivo The End: Duda Izique
Diretor de Pós-Produção The End: Mauro Moreira
Colorista: Cassiana Umetsu
Conform: Samira França
Assistente de Render: Chopp
Imprensa: Isabele Miranda, Luli Liebert and Vagner Mastropaulo
Coordenadora de Produção: Erika Andrade
Produtores: Rino Siviero e Erika Andrade
Locação: Scorpions Tattoo
1º AD: Daphne Goldstein
Assistente de Coordenação de Produção: Rafael Sampaio
Assistente de Produção: Alexandre Antonio Andrade and Raffael Paiva
1º Assistente de Câmera: Leandro Baptista dos Santos
2º Assistente de Câmera: Fernando Caneo Baptista
Video Assist: Gabriel do Nascimento
Logger: Rogério Defavari
Gaffer: Rogério dos Santos Matias
1? Assistente de Elétrica: André Soares da Silva
2? Assistente de Elétrica: Afonso Lopes de Lima
Chefe de Maquinária: Gazo Pinheiro
1? Assistente de Maquinária: Claudio Soares dos Santos
2º Assistente de Maquinária: Lucas Mateus dos Santos Bispo
2º Assistente de Maquinária: Lucas Bispo de Lima
Mixagem e Edição de Música: Marcos Kleine
Supervisor de Edição de Música e Mixagem: Cayto Trivellato
Produtora de Audio: Cabaret Studio
Cabaret Coordenadora de Produção: Veruska Garcia
Mixagem: Cabaret Studio
Cabaret Diretora Executiva: Ingrid Lopes
Cabaret Coordenadora de Produção: Junior Freitas
Cabaret Coordenadora de Produção: Carol Oliveira
Cabaret Produção: Cyro Neto
Cabaret Mixagem: Gab Scatolin
Cabaret Atendimento: Flavia Caparelli
Cabaret Atendimento: Lu Noveli
Cabaret Atendimento: Bárbara Russiano
Cabaret Assistentes: Boris and Julie
Fornecedores de equipamentos cinematográficos: Cine Gripp and Monster Cam.
Fornecedores: Sergio Yamada, Acervo Tutti and MACestúdio.
Transporte: Aguimar Aguiar and Paulo Peres
Banda PAD:
Fabio Noogh - Vocal
Marcos Kleine - Guitarra
Leandro Pit - Guitarra
Will Oliveira - Baixo
Rodrigo Simão - Teclado
Thiago Biasoli - Bateria
Guests:
Renato de Sá - Cello
Anderson Santoro - Violino
Rodrigo Silva - Violino
Edmur Mello - Viola
Agradecimentos Especiais:
Andréa Dietz, Ana Collete, Anderson Boscari, Bernardo Seixas de Oliveira, Carlinhos Scorpions, Cátia Ribeiro de Castro (in memoriam), Cynthia Nogueira Santos (in memoriam), Camila Gouveia, Dom Farmularo, Gisele Fernandes, Hwira Gibin, José Aldir de Oliveira, Juraci da Paixão de Oliveira, Jules Follett, Karin Nantes, Karina Yamada, Music Maker, Nemércio Nogueira, Nina Para, Palm Trees Studios, Piguitars, Rafael Costa, Ramon Campelo, Rafael Grilo, Roberto Santana, SGT, Scorpions Tattoo, Ultraje a Rigor and Vanessa Ikuta.
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Bacharel em inglês/português formado pela USP em 2003; pós-graduado em Jornalismo pela Cásper Líbero em 2013; professor de inglês desde 1997; eventualmente atua como tradutor, embora não seja seu forte. Fã de música desde 1989 e contando... começou a colaborar com o site comoas melhores coisas que acontecem na vida: sem planejamento algum! :)