Assim como nos outros singles, o músico traz uma melodia bonita e sofisticada, assim como a letra.  

 

A ideia para compor essa música tem 12 anos, quando nasceu o primeiro filho do artista.  

 

"Foi diferente fazer uma música para o meu filho. Eu ia escrevendo palavras e frases que tinham a ver com ele, suas características, seu jeito de falar e agir. A princípio a música parecia fazer parte de um trabalho para crianças e não rock ou pop", explica Falks. 

 

"Aí veio a ideia de usar o órgão Hammond e uma guitarra slide para começar a dar uma roupagem mais folk, rock e pop", completa. 

 

A inspiração veio de algumas músicas do Black Crows que trazem uma pegada mais soft. 

 

A linha do Hammond foi criada e gravada pelo Fábio Ribeiro, primeiro tecladista do Angra, ex André Matos e atual Shaman.  

 

A guitarra slide foi gravada pelo músico Marcos Ottaviano, um dos grandes nomes do blues do Brasil, que já tocou com Ronnie Wood, guitarrista dos Rolling Stones e B.B. King. 

 

"As linhas de órgão e de guitarra conversam e passeiam pela música como uma dupla. Elas são as estrelas do single, tanto que o momento instrumental é um dos maiores que já fiz em meus trabalhos e permite que eu viaja no mundo desta criança que representa tudo pra mim. O projeto da capa foi feito pelo designer de interiores Jacomo Botter, padrinho do meu filho", comenta Falks. 

 

 

 

 

Fernando Falks nasceu em São Paulo e começou a estudar piano aos 9 anos em uma escola livre de música. Depois, em conservatório, aprendeu órgão (aquele com dois teclados e pedaleira).  

 

Nessa época, percebeu que seu ouvido funcionava muito bem: a professora demostrava a música que deveria estudar. Fernando decorava a harmonia e a melodia no mesmo instante e tocava a música, na semana seguinte, sem precisar estudar. Resultado: nunca conseguiu dominar as partituras. 

 

Já adolescente, em igrejas, desenvolvi a prática nos instrumentos de teclas, mas também aprendi na raça a tocar violão, vendo os amigos tocarem e comprando revistas de acordes em bancas de jornal. 

 

Hoje, os instrumentos que aprendeu são ferramentas para poder compor ou acompanhar alguma música. Fernando nunca se tornou um mestre em nenhum deles, mas conseguiu uma experiência enorme no todo, nos instrumentos juntos, na dinâmica de um grupo, de uma banda. 

 

Fernando participou de várias bandas de pop rock, tocou e cantou muito cover em casas noturnas, mas desde 2014 percebeu que deveria deixar algo para a posteridade. Assim, resolveu escrever músicas de autoria própria.  

 

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