Machine Head - 2011 - Unto the Locust
Já se passaram mais de 15 anos que o Machine Head lançou seu primeiro álbum, Burn My Eyes (1994), totalmente influenciado por Pantera e Sepultura - as duas bandas mais influentes dessa epoca - sendo considerado até os dias de hoje seu maior classico; e foi um dos álbuns de estreia mais vendidos da gravadora RoadRunner Records, e de lá pra cá a popularidade desses americanos só aumentou, embora seus trabalhos posteriores alternarem entre registros fracos e regulares, já que entre o final dos anos 90 e a primeira metade dessa dácada o quarteto liderado por Rob Flynn (guitarra/vocal) se limitou a ir na onda do New Metal, o que contribuiu com o crescimento de sua fama, mas como popularidade no Thrash Metal nunca foi e nunca vai ser sinônimo de qualidade. Os caras só voltaram a fazer um álbum realmete bom apenas em 2007 com The Blacknening, que foi elogiado mundialmente, apesar de suas composições longas e com Rob Flynn exagerando na hora de alternar entre vocais rasgados com outros mais limpos e meládicos (dessa vez a moda ja era o Metalcore).
Se passaram 4 anos e agora eles lançam Unto The Locust, muito aguardado por fãns e critica, pois tem a tarefa nada fácil de superar seu antecessor; o que não acontece, mas isso não significa que Unto The Locust seja fraco. Muito pelo contrário, a banda segue com um instrumental e produção (que ficou por conta do próprio Flynn) perfeitos; Rob Flynn e Phil Dammel simplesmente formam uma das melhores duplas de guitarristas da atualidade e Adam Duce (baixo) e Dave McClain (bateria) formam uma cozinha fora de serie. Esses já seriam ingredientes suficientes para um trabalho no minimo ótimo, certo? É quase isso, pois mais uma vez a banda pecou em alguns excessos, principalmente no que se refere a duração das músicas. Não que uma musica precise ser curta para ser boa ou um álbum precise ter um certo número de faixas com duração “x” e coisas do tipo; longe disso, como é o caso de I Am Hell (Sonata in C#) por exemplo, paulada que abre o álbum de forma sensacional e é a faixa mais longa do CD com seus mais de 8 minutos: sem soar cansativa em nenhum momento.
E o mesmo pode se dizer das duas seguintes, Be Still And Know e Locust, que seguram o clima intenso lá em cima. Já This is The End começa com uma introdução bem legal ao violão, para logo em seguida se tornar nervosa e intensa com riffs de guitarra matadores como nas anteriores, mas infelizmente não mantém o nível ao chegar no refrão; Rob Flynn é um excelente vocalista mas exagera mais uma vez na hora de mesclar seus vocais agressivos e rasgados com outros mais limpos e melódicos, quebrando um pouco o clima da música e soando perigosamente com algumas bandas de Metalcore, algo completamente desnecessário em uma musica tão legal, feita por uma banda muito competente que não precisa e nem deveria se preocupar em seguir tendências ou em soar moderninha. Darkness Within dá mais uma esfriada no trabalho, sendo a faixa mais tranqüila. O clima agressivo volta em Pearls Before The Swine, embora Rob Flinn também misture seus vocais limpinhos e moderninhos em algumas partes, mas nada que prejudique o resultado final. Mas a grande surpresa de Unto The Locust sem dúvida nenhuma é seu desfecho final com Who We Are, que conta com um coral de crianças; com certeza a mais diversificada do álbum. Este não é o melhor álbum do Machine Head, muito menos o melhor do ano como os fãs esperavam e alguns críticos já vêm afirmando, mas não decepciona de forma alguma. Vale lembrar que o álbum também saiu em uma versão especial acompanhada de um DVD com Making Of e documentário do álbum e mais três faixas bônus, sendo as duas primeiras versões bem interessantes para The Sentinel do Judas Priest e Witch Hunt do Rush, e a versão acústica de Darkness Within.
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