O dia 11/11/11 vai ficar marcado para sempre na história do Heavy Metal como o dia da volta do Black Sabbath com sua formação original, mas outro grande fato que também não poderia passar despercebido foi o show (ou festa) de comemoração de 30 anos do Ratos de Porão. Sem duvidas,  uma das maiores e melhores bandas de Punk/Hardcore do mundo. O show, que mais parecia uma grande festa com ingressos esgotados na tradicional casa Hangar 110, contou com a participação de vários de seus ex-integrantes. A primeira banda de abertura a entrar no palco foram os paulistanos do D.E.R, que teve pouco mais de 20 minutos para aquecer o publico com seu Grindcore curto, grosso e brutal. A segunda banda encarregada da abertura foi o Conquest For Death; a banda é formada por integrantes do What Happens Next? (E.U.A) e Assfort (Japão) e executa um Thrash/Hardcore de empolgar, sendo responsável pelas primeiras rodas da noite.


Depois de alguns minutos de espera era chegada a hora mais aguardada da noite, e eis que Jão (guitarra) único membro fundador, entra em cena também assumindo os vocais (no inicio do R.D.P Jão era o vocalista) para anunciar que o R.D.P tocaria junto com Jabá (baixo) e Betinho (bateria) suas duas primeiras musicas, Porquê e Corrupção, levando a galera ao delírio. Na seqüência, Jão chama Mingau para assumir a guitarra, ficando apenas encarregado dos vocais para mandarem uma trinca de velharias: Vida Ruim, Não Podemos Falar e  Novo Vietnam - em alguns momentos, o som simplesmente dava pau, mas nada de constrangimentos, pois o que se via era praticamente uma festa em família. O show seguiu em ordem mais ou menos cronológica, com Betinho deixando a batera sendo muito aplaudido pelo público, dando lugar a Jão, (sim! ele também tocou bateria no R.D.P), que chama João Gordo para assumir os vocais; era hora de mandar clássicos como Morrer e Asas Da Vingança, do álbum Crucificados Pelo Sistema (1984). Na seqüência, Mingau deixa o palco muito aplaudido e da lugar a Jão que deixa a bateria para assumir seu posto de guitarrista dando lugar ao Spaghetti,  para mandarem pedradas do tipo No Junk, Tatoo Maniac e Morte e Desespero.


Tava na cara que não era um show comum do R.D.P, já que muitas das musicas executadas não eram tocadas com muita freqüência, deixando a festa ainda mais especial para os fanáticos pela banda. A apresentação seguiu com mais pauladas, como S.O.S País Falido e Terra do Carnaval, ambas do clássico álbum Brasil (1989), logo em seguidas Escravo da TV - essa seqüência foi simplesmente um massacre. E vale lembrar que entre uma musica e outra não faltaram histórias mais que hilárias de cada época. Spaghetti deixa o palco também muito aplaudido, dando lugar a Boka, desde 1992 no posto de baterista do R.D.P, para mandarem Commando dos Ramones, antes de Jabá deixar o palco – como os outros, também muito aplaudido, e não poderia ser diferente, já que o cara foi o baixista que mais tempo  permaneceu no R.D.P - dando lugar a Walter Bart para mandarem o cover inusitado de Breaking All The Rules do Peter Frampton, seguida de Quando Ci Vuele Ci Vuele. Walter deixa o palco, sendo substituído por Fralda (Pica Pau, que foi convidado, simplesmente não compareceu, sendo muito xingado por Jão), e o som continua com Atitude Zero, Guerra Civil Canibal, Engrenagem e Necrochorume, encerrando a participação de Fralda que deu lugar para Juninho, o atual baixista, que  não deixou a peteca cair e o massacre sonoro continuou com Pedofilia Santa e Expresso da Escravidão. Nesse momento, um cara sobe ao palco para fazer um stage dive e arranca o cabo da guitarra de Jão, que não poupou palavrões ao indivíduo, causando gargalhadas gerais, mas nada que a atrapalhasse a festa, já que todos estavam ali apenas para se divertir (até porque o som não esteve lá essas coisasdurante toda a apresnetação). Crucificados Pelo Sistema, Beber Até Morrer e Aids, Pop Repressão fizeram dessa parte final do show o momento mais insano da festa, encerrada com uma trinca que deixou muito fã louco: Sofrer, Crise Geral e Periferia - essa última com todos os membros no palco, que ficou pequeno pra tanta gente. Agora é só aguardar pelas próximas festas de aniversario do R.D.P.

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André BG

Atual Editor Chefe

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