Eluveitie - 20.01.2012 - Estúdio Emme, SP
Com a chuva dando uma trégua em seu horário diário nas tardes paulistanas e um tempo gostoso, por volta das 18:00 a frente do Estúdio Emme já estava com uma fila considerável (sabendo que era uma sexta-feira e o trânsito de São Paulo à tarde já é bem conhecido de todos) de fãs para prestigiar a banda Eluveitie. Em sua segunda passagem pelo Brasil, a banda prometeu um showzaço aos fãs e, mesmo com uns problemas aqui e acolá, conseguiram fazer um show acima da média, surpreendendo muitas pessoas dentro da casa, inclusive esse que vos escreve.
A abertura, estranhamente não foi de uma banda. Não é a primeira vez que o grupo Hednir, que encenam batalhas medievais abre um show no Brasil, porém dessa vez foram o único suporte da banda; as lutas quase reais, levantou os presentes antes do show. Foi um bom entretenimento para aqueles que aguardavam o Eluveitie e nesse tempo, foi chegando aos poucos os fãs, onde lotou um pouco mais da metade da casa.
No horário programado sem atrasos (afinal, a banda logo após a apresentação rumou para seu vôo ao México, onde se apresentaram no Sábado), depois de uma Intro a banda sobe ao palco em um peso absurdo com Everything Remains as It Never Was, do aclamado álbum de mesmo nome, seguida de Nil e Kingdom Come Undone sem a mínima pausa. Resultado: fãs e mais fãs agitando e passando sua energia ao palco totalmente transparecida pelo vocalista Chrigel Glanzmann e pelo guitarrista Sime Koch. Após curtas palavras, as primeiras notas de Calling the Rain, do disco Slania, fez tremer a casa, tocada com uma garra impressionante, como Thousandfold.
Alguns problemas no show ocorreram, mas não agravou ou prejudicou a banda em sua apresentação. A primeira foi os instrumentos acústicos onde nos momentos mais de peso não se ouvia nada deles (mesmo com o som cristalino que a banda conseguiu fazer em palco). A segunda, a falta de voz da bela e pequena Anna Murphy; muitos estranharam que ela não estava fazendo muitos dos backing vocals característicos dela, até quando Glanzmann anunciou que ela estava completamente sem voz devido a alguns problemas que ela teve aqui no Brasil, inclusive a banda deixando de lado a esperada A Rose for Epona, do novo trabalho Helvetios. Mas após a pancadaria de Meet the Enemy (onde Glanzmanm pediu uma enorme roda e foi prontamente obedecida pelos insanos fãs que não paravam um minuto sequer) , a banda anunciou Havoc, música executada pela primeira vez executada ao vivo pela banda (ambos também do último trabalho).
Mesmo com os problemas na voz de Ana, ela junto com a violinista Meri Tadic, além de duas magníficas musicistas e embelezarem o palco, agitam o show inteiro, principalmente Meri, que anda pra lá e pra cá agitando com todos. Tarvos e The Arcane Dominion foram tocadas em seguida para daí pra frente somente clássicos e pedradas com as belas canções dos primeiros trabalhos: The Song of Life, Your Gaulish War (essa com bagpipes que levanta até defunto para um aguerra) e Inis Mona. Sem demoras e um pequeno anunciamento para o delírio dos fãs de Folk Metal com a vinda de Arkona e Korpiklaani ainda esse ano no Brasil, Eluveitie dá o “golpe final” com Tegernakô, fechando de forma suprema uma apresentação contagiante e de muito peso, com a banda sabendo profissionalmente contornar os contra-tempos em que tiveram.
(Fotos tiradas e cedidas cordialmente por Lenadro Pena: www.leandropena.com, MSN: contato@leandropena.com)
.
Músico formado em composição e arranjo, atualmente expande seus estudos musicais na UNIS em licenciatura. Possui DRT em Jornalismo e Produtor Cultural e trabalha na área de criação musical, com já fez trabalhos em produções artísticas, rádio e TV.