Inocentes e Six Rock Strings - 30.11.2013 - SESC Pompéia, São Paulo, SP
A mistura entre Rock e Musica Erudita em suas mais diversas formas, já não é mais nenhuma novidade, e no Sábado do dia 30 de Novembro o público pode ver mais uma dessas misturas empolgantes e inusitadas no SESC Pompeia em São Paulo. De um lado, os Inocentes, uma das bandas mais respeitadas do Punk Rock nacional e com mais de 30 anos de estrada. Do outro lado o Six Rock Strings, sexteto de câmara formado em 2012 por Júlio Pelloso e Renato de Sá (violoncelos), Renan Galvani e Rafael Martinez (violas), Luiz Barrionuevo e Juan Rossi (violinos), músicos profissionais apaixonados por Rock' n' Roll, desenvolvendo um estilo único para interpretar clássicos de bandas como Deep Purple, Led Zeppelin, Ramones, Dead Kennedys, AC/DC entre outras.
Por volta das 21:40, com o SESC Pompeia ja bem cheio, o Six Rock Strings, fez uma interessante abertura, mandando clássicos como Eleanor Rigby (Beatles), Back in Black (AC/DC), Smoke on the Water (Deep Purple), Rock'n Roll Radio (Ramones), Califórnia Uber Alles (Dead Kennedys). Obviamente que a interpretação foi muito diferente do que a grande maioria presente costuma ouvir, mas foi legal ver a reação do publico diante das versões inusitadas de grandes clássicos. Sendo o suficiente para instigar a galera para a entrada do Inocentes no palco ao som da clássica Até Quando Esperar da Plebe Rude, que funcionou perfeitamente com Six Rock Strings; assim como a clássica São Paulo. Depois dessa o sexteto de cordas deixou brevemente o palco para dar espaço ao um momento mais Punk e pesado da noite com Pátria Amada e Ela Disse Não. Mas não demorou muito para carismático vocalista e guitarrista Clemente chamar de volta ao palco o Six Rock Strings para mandar Quanto Vale a Liberdade do Cólera, em uma mais que justa homenagem ao falecido vocalista e guitarrista Rédson, um dos momentos mais especiais da noite, seguida de um de seus maiores sucessos, Pânico em SP; sem duvidas uma das preferidas dos fãs que mesmo em um ambiente digamos mais “arrumadinho” como o Sesc não deixou de agitar mesmo que de forma mais tímida que em outros shows do Inocentes. Vale lembrar que o público não era formado somente pela habitual galera da cena Punk Rock, mas também por pessoas de todas as idades e estilos que costumam frequentar o SESC independente do evento, mas que em nada atrapalhou, muito pelo contrario, pois o ambiente era de pura descontração. Sendo assim ainda mandaram musicas como Garoto de Subúrbio, Franzino Costela e Should I Stay Or Should I Go do The Clash. A banda já se despedia mas após muitos pedidos ainda mandaram Blitzkrieg Bop dos Ramones e I Fought The Law do The Clash.
O show acabou por volta das 23:10, um horário bem razoável para quem depende do transporte coletivo para voltar para casa, e não podemos deixar de fazer mais uma vez alguns comentários sobre a organização dos eventos de todas as unidades do SESC, que vem se tornando uma ótima opção para shows diante do absurdo cobrado em casas com qualidade e condições muitas vezes péssimas para o publico. Vejamos: ss unidades do SESC tem ótima localização, boa infra estrutura para shows desse porte, bom tratamento ao publico (que é o verdadeiro cliente em todo show), ótimo tratamento à imprensa; as bebidas não são exatamente baratas, mas há um preço longe do absurdo se comparado a casas com qualidade inferior ao SESC. Mais uma vez fica a pergunta inevitável: porque isso não acontece com mais freqüência?
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