Folks - 16.10.2015 - Hangar 110, São Paulo, SP

Resenhas

Por André BG | Em 22/10/2015 - 21:53

Fonte: Alquimia Rock Club

Se destacando na cena Rock ‘n’ Roll do Rio de Janeiro, a banda Folks veio a São Paulo para fazer o show de lançamento de seu álbum de estreia autointitulado no tradicional Hangar 110.

Por volta das 20hs e com o Hangar 110 ainda praticamente vazio, a primeira banda de abertura subiu ao palco, os paulistanos do Marvins, banda formada em 2013 e atualmente contando com Paullo Mart (vocal, guitarra, violão, gaita e ukulele), Cadu Medeiros (vocal, guitarra, teclados e violão), Emerson Araujo (baixo), Mário Maia (bateria) e Thiago Elias (teclados, guitarra, percussão e vocais), fazem um Rock ‘n’ Roll bem acessível e mandou sons de seu primeiro álbum “Ser ou Ter”, lançado esse ano, alem da versão para a musica A Carta da banda carioca Cândido. A banda se mostrou bem entrosada, com o vocalista Paullo Mart sendo bastante comunicativo com o publico presente, de certa forma até exagerando um pouco nos discursos, todos muito pertinentes é verdade, mas com um set de apenas 35 minutos, poderiam ter optado por tocar ao menos uma musica a mais. Mas o saldo final foi positivo, e a banda conseguiu dar seu recado.

Menos de 20 minutos foram necessários para a banda paulistana Trama entrar em cena. Formada em 2014 por Celso (guitarra e vocal), Renato (guitarra e backing vocal), Fuentes (baixo) e Cubas (Bateria), músicos ainda bem jovens, mas muito carismáticos, a banda se mostrou bem solta no palco e mandou um som bem animado e recheado de influencias de bandas californianas como Green Day, Rancid e Sublime, com destaques para o cover de O Jogo Virou do Strike e o fechamento com Sexta-Feira, música que ganhou um vídeo clipe e vem chamando a atenção.

Por volta das 21h45min, era vez do NDK mostrar seu Pop Rock, com um estilo bem particular e influencias diversas diversa que vão de Foo Fighters a Cássia Eller. Na ativa desde 2005 e atualmente contando com Chapola (guitarra), Mizão (baixo), Rike (vocal), Marcola (bateria) e Caio (guitarra) a banda que é de Jundiaí (interior de SP) vem divulgando seu mais recente álbum autointitulado, lançado esse ano e foi calcado nesse trabalho que a banda fez sua apresentação, com os músicos mostrando técnica e bom entrosamento. Algumas falhas no microfone do vocalista Rike deram uma atrapalhada, mas no final se saíram muito bem, com destaque para a ótima versão de Last Night do The Strokes.

Após uma pequena espera de cerca de 20 minutos tudo esta pronto para os cariocas do Folks começarem sua apresentação. A atração principal da noite, ao contrario da impressão que seu nome e o visual de seus integrantes possam passar, não fazem exatamente um som Folk Rock ou algo do tipo. Formada em 2011, a banda conta com Kauan Calazans (vocal), Luca Neroni (guitarra), Paulinho Barros (guitarra/vocal), Vitor Carvalho (baixo/vocal) e Ygor Helbourn (bateria) e faz um Rock ‘n’ Roll bem diversificado e trabalhado, com influencias diversas que vão desde Led Zeppelin e Foo Fighters a Barão Vermelho e Raul Seixas.

Com muita empolgação e sem dar a mínima se a casa estava cheia ou não, a banda fez uma apresentação empolgante, calcada em seu álbum de estreia autointitulado lançado esse ano, mandando temas como Muito Som, A Casa Dos Lugares e Até o Mundo Cair, que agitaram o publico presente, mostrando ter um potencial muito grande ao sucesso.

A qualidade dos músicos ao vivo também chamou muito atenção, todos muito bem entrosados, com destaque a parte para o vocalista Kauan Calazans, que mostrou muita desenvoltura e carisma, até mesmo em alguns momentos de falha no som.

A banda também fez questão de fazer uma homenagem ao DeFalla, com uma ótima versão de Não Me Mande Flores, (também presente em seu álbum) mas uma musica que chamou muito atenção foi Led, obviamente inspirada no Led Zeppelin, (forte influencia da banda), que foi seguida de um solo preciso do baterista Ygor Helbourn.

Essa estreia nos palcos de São Paulo foi um ótimo cartão de visitas do Folks, a banda mostrou ter muita competência e um futuro promissor.

O único fato a se lamentar na noite foi a fraca presença de publico, apenas cerca de 70 testemunhas (contando com as próprias bandas), chega a ser um crime 4 bandas autorais em uma sexta-feira a noite tocar para tão poucas pessoas.