Resenhas

Sepultura - 20.04.2016 - Sesc Jundiaí, Jundiaí, SP

Por André BG | Em 22/04/2016 - 01:32
Fonte: Alquimia Rock Club

Prestes a embarcar ruma a Suécia, onde irá gravar seu próximo álbum que contará com a produção do renomado produtor Jens Bogren, o Sepultura vive um ótimo momento. Ainda em clima de festa de seus 30 anos e também dos 20 anos do álbum Roots lançado em 1996, a banda vem fazendo uma serie de shows antes de embarcar para a Suécia. E dessa vez o publico da cidade de Jundiaí e região (interior de São Paulo) pode conferir a apresentação da banda em sua unidade do Sesc.

 

 

Cerca de duas horas antes do show começar (previsto para as 20h30min) a movimentação nos arredores da bela e nova unidade do Sesc já era bem intensa e na entrada já havia o aviso de ingressos esgotados para o show realizado no ginásio com capacidade para duas mil pessoas. 

 

Já dentro do ginásio, o publico mostrava muita ansiedade em ver ao vivo um dos maiores nomes do Metal mundial, quando por volta das 20h40min a banda entra em cena destruindo tudo com a clássica Troops of Doom seguida de Kairos, ganhando o publico logo de cara. O som não estava muito bom no começo da apresentação, com o som da voz de Derrick Green um pouco baixo, mas que aos poucos foi melhorando.

 

O show seguiu com Slave New World e Breed Apart, primeira do álbum Roots a ser executada na noite seguida de Desperate Cry. Com o som já bem melhor, a banda simplesmente deu mais uma aula de como se fazer um show de Metal. Comendo os instrumentos com farinha, Eloy Casagrande, Paulo Jr e Andreas Kisser pareciam brincar com seus instrumentos de tão descontraídos que estavam no palco e o mesmo pode ser dito sobre Derrick Green e sua incansável voz.

 

O clima intenso e com muitas rodas na pista continuou com mais duas porradas do Roots, Dusted e Spit seguida de Dialog do ultimo álbum The Mediator Between Head And Hands Must Be The Heart e a clássica Convicted in Life do álbum  Dante XXI, antes de Attitude, com Derrick mostrando também suas habilidades como percussionista. 

 

A já citada descontração da banda em cima do palco ficou ainda mais evidente quando mandaram de forma bem humorada um trecho de Highway To Hell do AC\DC, antes de uma mescla bem legal de Biotech Is Godzilla e Policia dos Titãs.

Vale destacar também o bom comportamento do publico durante o show, não apenas no que diz respeito em agitar e cantar as musicas. Sem aquela grade de proteção que deixa um espaço entre o palco e o publico, os stage-divings ficaram praticamente liberados, mas nada que atrapalhasse o show. 

 

Voltando ao show, The Vatican e Sepulnation mantiveram o alto nível da apresentação, mas é chover no molhado dizer que o publico vai a loucura mesmo é com a s mais antigas, sendo assim, uma sequencia avassaladora pra ninguém botar defeito com Beneath The Ramains, Territory, Arise e Refuse/Resist, fez com que todos já ficassem satisfeitos com o que viram antes da banda deixar o palco. O show já poderia muito bem ter acabado naquele momento, mas a banda como sempre voltou para o tradicional bis, mandando Sepultura Under My Skin, musica lançada no ano passado em homenagem aos fãs, principalmente os que possuem tatuagens do Sepultura. Já o desfecho final de mais uma grande apresentação do Sepultura ficou por conta de Ratamahatta e Roots Bloody Roots, é claro, encerramento esse em grande estilo, ainda mais levando em conta que ambas também são do álbum Roots.

 

Foram exatas 1 hora e 45 minutos de pura energia no palco, que mostrou mais uma vez (se é que alguém ainda duvidava) que o Sepultura ainda é uma das melhores bandas de Metal do Mundo e deixa uma expectativa muito positiva sobre o que esperar do próximo álbum de inéditas. 

 

Set list:

 

1- Troops of Doom

2- Kairos

3- Slave New World

4- Breed Apart

5- Desperate Cry

6- Dusted

7- Spit

8- Dialog

9- Convicted in Life

10- Attitude

11- Biotech Is Godzilla/Policia  

12- Ambush

13- The Vatican

14- Sepulnation

15- Beneath The Ramains

16- Territory

17- Arise

18- Refuse/Resist

19- Sepultura Under My Skin

20- Ratamahatta

21- Roots Bloody Roots

 

 

 

 

 

 

 

 

 



André BG



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