MAT 2016 musica e atitude em sua decima edicao
Estivemos presentes no MAT2016 e ninguém melhor do que Marcelo Lima o seu idealizador para contar o que foi o evento, segue a resenha feita pelo próprio e assinamos embaixo.
BREVE HISTÓRICO DO MAT
Música e Atitude em Transpiração – MAT é projeto que se iniciou em 2010, a partir da escassez de eventos na região de Perus/Caieiras/Franco da Rocha, foi diante deste contexto que a banda O Mandruvá apresentou a proposta à Comunidade Cultural Quilombaque para realizar um evento que, além de suprir esta apatia, pudesse contemplar artistas de vários gêneros e linguagens. Ao total foram 10 edições do MAT com mais de 200 artistas envolvidos ao longo de 6 anos, sempre contando com bandas e artistas de vários locais e estilos/gêneros diferenciados, fomentando assim a diversidade cultural e o intercâmbio entre os sujeitos que produzem, apreciam, respeitam e transpiram arte.
MAT2016
Neste ano o MAT teve retorno às suas origens pois depois de 3 anos de incursões itinerantes nas cidades de Várzea Paulista e Caieiras, retornou à Perus – São Paulo, na Comunidade Cultural Quilombaque. Desta vez as bandas convidadas foram BURT REYNOLDS (Jundiaí), CLEBER LUIS (Ipiranga), EVOCULTO (Perus) e AUDIOZUMB (Franco da Rocha), além da banda anfitriã O MANDRUVÁ (Caieiras), que comemorou seus 13 anos de re-existência.
O EVENTO
O MAT2016, em meio ao frio típico do inverno paulistano, teve inicio efetivamente às 22h30 com Marcelo Lima fazendo uma breve fala de boas vindas e um resumo do projeto. Posteriormente anunciou a primeira atração da noite: Burt Reynolds. A banda que conta com Jota Wagner vocal principal e guitarra, Eduardo Wich na guitarra e voz, Fernanda Offner no baixo e voz e Gustavo Rabello na bateria, iniciou o evento com seu rock’n roll punk-psicodélico, vociferado por Jota Wagner e backings de Eduardo e Fernanda, fez com que a apresentação do Burt Reynolds, arrancasse palmas e muito barulho de cerca 80 pessoas que se encontravam aglomeradas dentro do salão da Quilombaque.
Em seguida subiu ao palco Cleber Luiz e Banda – Tiago Brunetti no baixo e Saulo Nunes na bateria, com composições de rifes e solos virtuosos, mas sem perder a harmonia, de um hard rock bem executado Cleber Luís e sua banda arrancaram inúmeras palmas na galera que ficou em peso assistindo à sua apresentação, vale destacar que, a cada solo ou a qualquer execução fora do padrão por parte dos seus músicos, a galera gritava e batia palmas em forma de admiração ao trabalho deste guitarrista. Uma apresentação no mínimo excelente!
A próxima atração foi a banda headline da noite, O Mandruvá, que iniciou seu show com uma intro sampleada de Racionais MCs, Rita Lee, Jimy Hendrix e Ilê Ayê, elevando o rock’n roll como mais uma tradição negra. Com Marcelo Lima Voz e guitarra, André Leão, baixo e voz e Tiago Soares bateria, começou de forma energética sua apresentação ao refrão de “somos criolo doido, temos cabelo duro e não vamos pentear...” menção à resistência negra oriunda da década de 1970 do movimento Black Power. Os caras não deram tempo para a galera respirar tocando músicas seguidas, dinamizando o show em meio a algumas falas de agradecimentos às pessoas que fizeram e fazem parte do processo de existência de 13 anos deste power trio. Ao final a banda apresentou uma releitura de Caetano Veloso (Alegria, Alegria...) convidando todos a cantar de forma uníssona. Uma bela apresentação em meio a aplausos, gritos e pedidos de músicas antigas, que fizeram deste grupo uma banda respeitada na região.
Dando sequência a bola da vez foi a EvoCulto, banda local do bairro de Perus, com Bruno Amorim no vocal, Patrik Tenório na guitarra e vocal, Wesley Oliveira guitarra e vocal, Alex Flono baixo e Lucas Carvalho bateria. Banda de rapcore, com rifes dropados, vocal rapper e letras extremamente críticas. Não deixaram a vibe cair em nenhum só momento, uma ótima apresentação e postura de palco que muitas bandas de “estrada” não possuem;
A 5ª banda e não menos importante foi a Audiozumb, grupo de Franco da Rocha com Diego Nero no vocal Jefferson Alves na guitarra, Isaque Mendes no baixo e voz e Robson Crispim na bateria. Não poderia haver melhor banda para encerrar o MAT 2016! Audiozumb é daquelas bandas que você não fica parado, pois o peso da guitarra aliado ao groove do baixo e bateria faz pulsar qualquer corpo presente. Destaque para a jam session que aconteceu no meio da apresentação dos caras, com Killing In the Name do Rage Against The Machine, com os representantes das bandas EvoCulto, Cleber Luis, O Mandruvá e todo mundo que quis subir ao palco (rs), colocou o público a pular e cantar freneticamente! Apresentação dos caras seguiu a partir de um acordo com a galera de que o show terminaria quando o primeiro trem da linha de trem da CPTM começasse a funcionar. E assim o foi.
ATÉ A PROXIMA...
O evento MAT2016 se encerrou por volta das 4h50. Deu para perceber a satisfação de todos ao se despedirem dos organizadores agradecendo e pedindo para que tivesse mais um evento tão logo. Temos certeza que as atividades foram realizadas a contento do esperado pois mesmo em meio ao frio “glacial dos trópicos” (rs), houve a presença de cerca de 150 pessoas. Estamos certos que tão logo se anunciará a próxima edição, até logo...
Membro Idealizador do Projeto, Produtor de Eventos e Produtor Cultural, atuando profissionalmente na área de eventos desde 1993, na produção técnica/artística com serviços prestados em praticamente todos os veículos de comunicação: teatro, televisão, eventos sociais e coorporativos, desfiles, portal web etc. Na Produção Cultural com atividades em organizações do terceiro setor atuou como Diretor de Eventos do I.A.C.E ( Instituto de Ação Cultural e Ecológica) desde o ano 2000 até 2010 com eco-eventos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar, Uni Lever dentre outros e Produtor Cultural do Casa Brasil de Pirituba no ano de 2008, alem de toda a programação cultural do Alquimia Rock Bar em 2003 e 2004.