Arte: Artur Fontenelle/Dead Mouse Fucking Design (@deadmousedesign)  

 

Perto de completar três décadas de atividades, o Oligarquia chegou apenas no final de 2020 ao seu quarto álbum de estúdio, “Monopoly Of Violence”. Vale ressaltar que, além de todas as dificuldades enfrentadas por uma banda de Death Metal no Brasil, o grupo ainda sofreu muito ao longo dos anos com mudanças em sua formação, algo também muito corriqueiro nesse meio é verdade, mas não é nenhum absurdo afirmar que tais fatos provavelmente foram empecilhos para a uma evolução tanto técnica quanto a nível de alcance de mercado por parte do grupo. Mas empecilhos à parte, fato é que o Oligarquia adquiriu considerável respeito no cenário do Metal extremo nacional, muito por conta de sua postura de se manterem fieis as suas raízes fincadas no Death Metal mais cru, direto e livre de qualquer modismo, e é exatamente isso que a banda aqui formada por Panda Reis (bateria), Ártour Queiróz (baixo), Guilherme Sorbello (guitarra e vocal) e Victor Pancho Munhoz (guitarra e vocal) mais uma vez entrega para seu público.

 

Gravado entre os anos de 2017 e 2018 no Garage Estúdio em Ribeirão Pires/SP, o álbum entrega uma qualidade de gravação e produção (assinada por Guilherme Sorbello e a banda) que embora não seja um primor também não chega a comprometer muito o resultado final, ainda mais se levarmos em consideração as características do grupo, sendo assim, temos dez faixas inéditas de um Death Metal old school com letras calcadas em assuntos que atormentam o século XXI pelo mundo afora como; desigualdade, guerras, politica, religião, preconceito, etc., um prato cheio pra quem já curtia o som dos caras. E quando falamos em um prato cheio para os apreciadores do som da banda, adicione os destaques aqui com a cadenciada faixa de abertura “Cocaine”, que abre caminho para a pedrada sequente “Holders of Lies”, um bom ponta pé inicial do trabalho. Mas é na trinca com “Look to Me” e sua levada a lá Obituary no começo e as porradas “Holy War” e “We Must Die” que temos o ápice do álbum, complementado por uma versão muito digna e criativa para “Nada é Como Parece” da veterana banda Punk/Hardcore Lobotomia, contanto com a participação do próprio vocalista Edu Vudoo, aqui a cereja do bolo que fecha o disco.

 

Vale destacar também que o trabalho é repleto de participações especiais (conforme pode ser visto no tracklist mais abaixo) que dão temperos adicionais a “Monopoly Of Violence” e somam para o resultado final desse trabalho, que se não eleva de forma significativa o nome da banda em termos de mercado, ao menos sobe um degrau no nível de criatividade se comparado com os trabalhos anteriores, ajudando a solidificar ainda mais o nome do Oligarquia no cenário Death Metal nacional.  

 

 

Tracklist:

 

1. Cocaine (Com Eduardo Vieira, Absyde e Edu Vudoo, Lobotomia e Ferida Aberta nos backing vocals)

2. Holders of Lies (Com Ascaris, Imperium Infernale nos vocais)

3. Facist Heart (Fascist Empire)

4. Summer Rain (Com Ascaris, Imperium Infernale nos vocais)

5. Imminent Revolution

6. Left Behind (Com Junior Moreira, Terror Cult e Hamok nos solos de guitarra)

7. Ideological Jail

8. Look to Me (com Roque Dortribe, D.O.R nos vocais) 

9. Holy War

10. We Must Die (Com JP, Yekun e Heresia 666 nos vocais e Augusto Lopes Imminent Attack, ex-Torture Squad nos solos de guitarra) 

11. Nada é Como Parece (Lobotomia Cover) (Com Edu Vudoo, Lobotomia e Ferida Aberta nos vocais e Artur “Anão” Fontenelle, Heresia 666 no baixo) 

 

A edição física de “Monopoly Of Violence” em CD está disponível na loja da Heavy Metal Rock: https://hmrock.com.br/produto/oligarquia-monopoly-of-violence-cd/ 

 

Confira o vídeo clipe de Imminent Revolution: https://www.youtube.com/watch?v=qHYHpPt4ZBQ 

  

 

 

Confira o vídeo clipe de Facist Heart: https://www.youtube.com/watch?v=fX2Tw2GXrDs

  

 

 

Links: 

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