Sepultura - 6, 7 e 8 de setembro de 2024 - Espaço Unimed, São Paulo, SP
Fotos gentilmente cedidas por Flavio Santiago (@santiagrophy) e Onstage (@onstage666)
Tendo as vendas dos ingressos iniciadas no dia 11 de dezembro de 2023 para a turnê de despedida do Sepultura, ”Celebrating Life Through Death”, o show marcado para o dia 6 de setembro no Espaço Unimed em São Paulo foi o primeiro a ter os ingressos totalmente esgotados, o que fez com que um segundo show fosse anunciado menos de dez dias depois para a data seguinte, 7 de setembro, que também teve seus ingressos totalmente esgotados (em menos de vinte dias), não restando opção a produção e banda disponibilizarem mais uma data na agenda para os fãs da capital paulista para o dia seguinte, 8 de setembro, essa última também tendo os ingressos esgotados, porém pouco mais de duas semanas antes do show. Tendo o "efeito despedida" ou não, fato é que poucos nomes dentro desse estilo mais brutal do metal mundial têm essa força, não é tarefa das mais fáceis lembrar de algum nome do estilo que esgotaria 3 datas seguidas numa casa com capacidade para 8 mil pessoas como o Espaço Unimed. E o Alquimia Rock Club esteve presente nas três noites que foram os últimos shows da banda no Brasil antes de partir para a América do Norte onde dará continuidade na turnê.
Sexta-feira, 6 de setembro de 2024:
Com a típica dificuldade de locomoção de uma sexta-feira na capital paulista, o exército de fãs com camisas do Sepultura às 19 horas já era em quantidade considerável no Espaço Unimed para conferir a abertura do Torture Squad, iniciada pontualmente às 19:30. Considerado um dos nomes mais importantes do metal nacional, o quarteto atualmente formado por Rene Simionato (guitarra), Castor (baixo), Amilcar Christófaro (bateria) e Mayara “Undead” Puertas (vocal, agora também executando alguns arranjos de violão e teclados no palco), fez uma apresentação calcada em seu mais recente álbum Devilish de 2023. A boa qualidade e o volume do som corroboraram para que a experiente banda executasse de forma certeira tanto temas do mais recente trabalho quanto petardos considerados clássicos como "Horror And Torture" e "Raise Your Horns". Durante o show, Mayara fez questão de mostrar toda a gratidão e honra em poder participar dessa despedida/celebração do Sepultura, valendo destacar também a participação especial da 5 vezez campeã mundial de cosplay e drag queen Slovakia, com sua performance de "Lilith" do jogo Diablo IV, dando um clima de filme de terror no palco na apresentação que durou pouco mais de 40 minutos, pouco tempo para uma banda com tanto repertório como o Torture Squad mas o suficiente para aquecer quem conseguiu chegar cedo no Espaço Unimed.
Setlist:
1. Hell Is Coming
2. Flukeman
3. Warrior
4. Horror And Torture
5. Raise Your Horns
6. Find My Way
7. A Farewell To Mankind
8. The Last Journey
Às 21 horas, horário previsto para início da atração principal o Espaço Unimed já estava completamente lotado para o primeiro dos três shows do Sepultura em São Paulo nessa ”Celebrating Life Through Death”. Com perdoáveis 20 minutos de atraso, imagens da banda nos bastidores foram exibidas nos telões seguidas do som mecânico de War Pigs do Black Sabbath, Polícia dos Titãs e um mix de diversas introduções de álbuns e clássicos do quarteto, hoje formado por Andreas Kisser (guitarra), Paulo Xisto Jr. (baixo), Derrick Green (vocal) e o mais novo membro, o americano Greyson Nekrutman (bateria), que em fevereiro desse ano substituiu Eloy Casagrande, mais tarde anunciado como novo baterista do Slipknot. A produção de palco desta turnê vem se mostrando simplesmente grandiosa e moderna, causando impacto logo de cara com diversos telões de led que cobrem amplificadores e equipamentos de palco, tudo devidamente calculado para a banda subir ao palco pra fazer o que faz de melhor; levar seus fãs a loucura com seus petardos sonoros lançados ao longo desses 40 anos. Abrindo o show de cara com as clássicas "Refuse/Resist", "Territory" e "Propaganda" do álbum Chaos A.D. de 1993, início perfeito para terem o público nas mãos dali em diante.
"Phantom Self" do álbum Machine Messiah de 2017 foi a primeira da fase mais recente do grupo a aparecer no repertório da noite, abrindo caminho para mais uma trinca de clássicos, dessa vez do disco Roots de 1996; "Dusted", "Attitude" e "Spit", mantendo o clima intenso no palco com o público respondendo a altura.
Com exceção do som da bateria estar com o volume aparentemente um pouquinho abaixo, a qualidade de som estava ótima e o show seguiu com uma incrível sequência de músicas de diferentes fases da "era Derrick Green", "Kairos" foi a primeira, na sequência, Andreas agradeceu ao público e aproveitou também para apresentar Greyson aos presentes antes de "Means to an End" e "Convicted in Life". Já a bela "Guardians of Earth" contou com um trechinho de "Jasco" ao violão seguida da trinca "Mind War", "False" e "Choke", todas mantendo o alto nível e sem deixar a peteca cair, diferente de anos anteriores onde músicas dessas fases normalmente marcavam os momentos menos agitados dos shows, mostrando que a banda e seus trabalhos lançados pós 1997 se provaram com o tempo (pra quem duvidava).
"Escape to the Void", petardo do álbum Schizophrenia de 1987 trouxe o momento mais nostálgico da noite, e esse clima de nostalgia foi mantido com imagens de arquivo da banda em estúdio e com a tribo Xavantes nos anos 90 exibidas nos telões, para então mandarem "Kaiowas", em uma jam que contou com Jean Patton (ex-Project46) no violão, João Barone (Paralamas do Sucesso), Torture Squad, Yohan Kisser, mais alguns amigos e fãs sortudos selecionados nas percussões marcando o momento mais descontraído do show.
O clima mais "porrada" voltou com "Dead Embryonic Cells" e "Biotech Is Godzilla" para então "Agony of Defeat" do último álbum "Quadra" (2020) trazer um clima mais cadenciado e emocionante, momento para Derrick Green exibir suas diferentes facetas vocais mostrando estar em seu melhor momento como vocalista.
Já a clássica versão de "Orgasmatron" do Motörhead (em uma versão mais curta é verdade), abriu caminho para uma trica de perolas; "Troops of Doom", "Inner Self" e "Arise", marcando o momento mais brutal do show com várias rodas na pista em resposta a uma banda afiadíssima no palco. Além das já citadas performances de Derrick Green, a cozinha formada por Greyson Nekrutman e Paulo Xisto Jr. se mostrou firme e já bem entrosada, enquanto Andreas Kisser dispensa maiores comentários, só faltou fazer chover com sua guitarra.
Os músicos deixaram o palco por alguns minutos e retornaram para o tradicional encore com "Ratamahatta", antecedida de um curto solo de bateria como introdução, e é sempre incrível presenciar o clima que esse tema proporciona ao vivo, o mesmo podendo ser dito sobre o tradicional e aguardado desfecho como sempre com "Roots Bloody Roots", para satisfação geral dos fãs que lotaram a primeiro dos 3 shows na capital paulista.
Setlist:
Introdução: War Pigs (Black Sabbath) / Polícia (Titãs) / Interlude (mix de introduções)
1. Refuse/Resist
2. Territory
3. Propaganda
4. Phantom Self
5. Dusted
6. Attitude
7. Spit
8. Kairos
9. Means to an End
10. Convicted in Life
11. Guardians of Earth
12. Mind War
13. False
14. Choke
15. Escape to the Void
16. Kaiowas
17. Dead Embryonic Cells
18. Biotech Is Godzilla
19. Agony of Defeat
20. Orgasmatron (Motörhead cover)
21. Troops of Doom
22. Inner Self
23. Arise
Encore:
24. Ratamahatta
25. Roots Bloody Roots
Sábado, 7 de setembro de 2024:
A abertura do show de sábado ficou por conta do Cultura Tres, banda venezuelana formada em meados de 2007 e que desde 2019 conta em sua formação com ninguém mais ninguém menos que Paulo Xisto Jr. do Sepultura no baixo, completam a formação o colombiano Alejandro Londoño Montoya (vocal e guitarra), o venezuelano Juanma de Ferrari Montoya (guitarra) e o mais recente membro, o baterista brasileiro Henrique Pucci (Noturnall, ex-Paura, Endrah e Project46). O grupo executou um repertório calcado em seu mais recente álbum Camino de Brujos de 2023 com um som na linha do Sepultura na fase Chaos A.D. que agradou bem o público presente, valendo mencionar o esforço do vocalista Alejandro em se comunicar com o público, mostrando toda sua gratidão ao mencionar a importância do Sepultura em nossas vidas.
Setlist:
Introdução - Los muertos de mi color
1. The World and Its Lies
2. Time Is Up
3. The Land
4.Proxy War
5. Day One
6. Zombies
7. Signs
A exemplo da noite anterior, com os mesmos vinte minutos após o início previsto (21 horas), imagens da banda nos bastidores foram exibidas nos telões seguidas do som mecânico de War Pigs do Black Sabbath, Polícia dos Titãs e um mix de diversas introduções de álbuns e clássicos do Sepultura para então a banda adentrar ao palco com "Refuse/Resist", "Territory" e "Slave New World" do álbum Chaos A.D. de 1993, sendo essa última a primeira mudança no repertório com relação ao show do dia anterior, mas seguindo da mesma forma com "Phantom Self", o que se via no Espaço Unimed era um clima frenético por um público totalmente ensandecido com a performance da banda, o que se confirmou com Derrick Green e seu característico e engraçado sotaque americano afirmando algo do tipo; "ontem foi foda, mas sábado à noite é nóis", para então mandarem "Dusted", "Attitude" e a segunda mudança no repertório com "Cut-Throat", trinca infalível do álbum Roots pra ninguém botar defeito.
A sequência de músicas de diferentes fases da "era Derrick Green" trouxe uma surpresa; o hino "Sepulnation" do álbum Nation de 2001 no lugar de "Convicted in Life", uma mudança certeira, deixando assim o repertório ainda mais abrangente, as demais permaneceram sem alterações, mas o que mais surpreendia era a resposta do público a cada música, a impressão que se tinha era que um verdadeiro furacão se passava pelo recinto, clima esse mais que mantido com "Escape to the Void", dando uma breve sessada apenas na pequena pausa para a exibição de imagens de arquivo da banda em estúdio e com a tribo Xavantes nos anos 90 nos telões para mandarem "Kaiowas", em uma jam com Supla, Cultura Tres, Yohan Kisser, o guitarrista Marcio Sanches, fãs e equipe, nas percussões, incluindo os empresários Tom Gil e Rodrigo Bill Abecia, além de Dante Lucca (técnico de guitarra de Andreas que normalmente já faz a guitarra base ao vivo em algumas músicas) em um dos violões.
"Agony of Defeat" cai literalmente como uma luva no repertório, pesada, porém uma bela canção com melodias e passagens mais cadenciadas e animações nos telões que fazem deste um dos momentos mais emocionantes do show. Mas é a sequência implacável de clássicos; "Troops of Doom", "Inner Self" e "Arise" que indiscutivelmente marcam o momento mais arrasador e brutal da noite colocando a casa abaixo.
Na volta para o tradicional e esperado encore, Greyson tem seu nome gritado por todos e manda um curto solo que antecede "Ratamahatta" e aquele clima de festa bem "pra cima" que o tema sempre nos proporciona, seguida do esperado desfecho com "Roots Bloody Roots", encerrando em grande estilo o mais brutal e insano dessa trinca de shows em São Paulo.
Setlist:
Introdução: War Pigs (Black Sabbath) / Polícia (Titãs) / Interlude (mix de introduções)
1. Refuse/Resist
2. Territory
3. Slave New World
4. Phantom Self
5. Dusted
6. Attitude
7. Cut-Throat
8. Kairos
9. Means to an End
10. Sepulnation
11. Guardians of Earth
12. Mind War
13. False
14. Choke
15. Escape to the Void
16. Kaiowas
17. Dead Embryonic Cells
18. Biotech Is Godzilla
19. Agony of Defeat
20. Orgasmatron (Motörhead cover)
21. Troops of Doom
22. Inner Self
23. Arise
Encore:
24. Ratamahatta
25. Roots Bloody Roots
Domingo, 8 de setembro de 2024
Tendo o início um pouco mais cedo, o show do domingo contou com a abertura do power trio Black Pantera, um dos destaques no cenário nacional recente, se mostrou a escolha perfeita para a ocasião. Divulgando seu mais recente álbum Perpétuo lançado esse ano, a banda formada por Charles Gama (vocal e guitarra), Chaene da Gama (baixo) e Rodrigo Pancho (bateria) fez uma apresentação energética que agitou do início ao fim o público que se propôs a chegar as 18:30 para conferir o show de abertura, que contou com diversas rodas (algo que não foi visto nas duas aberturas anteriores), com destaque para temas como "Padrão é o Caralho", "Fogo nos Racistas" e o desfecho em grande estilo com "Boto pra Fuder" sob aplausos gerais. Durante o show, a banda fez questão de ressaltar do sonho realizado em tocar com o Sepultura, "uma escola pra todos nós".
Setlist:
Introdução: A Vida é Desafio (Racionais MC’s)
1. Provérbios
2. Padrão é o Caralho
3. Mahoraga
4. Sem Anistia
5. Perpétuo
6. Fogo nos Racistas
7. Tradução
8. Mosha
9. Revolução é o Caos
10. Boto pra Fuder
Após um intervalo de aproximadamente uma hora e com irrisórios 10 min minutos passados do horário previsto para o início do show no domingo (às 20 horas) e com o público devidamente aquecido após um ótimo show de abertura do Black Pantera, pela terceira noite seguida as imagens da banda nos bastidores foram exibidas nos telões seguidas do som mecânico de War Pigs do Black Sabbath, Polícia dos Titãs e o mix de introduções de álbuns e clássicos que antecedem o início do show, arrasador como os anteriores com "Refuse/Resist", "Territory" e "Slave New World" mantida no repertório, já a mudança com relação aos dois shows anteriores ficou por conta da trica do álbum Roots com "Dusted", "Attitude" e "Breed Apart", essa última não aparecia no setlist desde 2016, sendo uma grata e muito bem recebida surpresa na noite.
A sequência de sete músicas da "era Derrick Green" se manteve a mesma da noite anterior com "Kairos", "Means to an End", "Sepulnation", "Guardians of Earth", "Mind War", "False" e "Choke". Na sequência, Andreas agradeceu a cada uma das bandas de abertura antes de anunciar a clássica "Escape to the Void" do álbum Schizophrenia de 1987 para a alegria dos fãs mais "old school", antes da breve pausa para a exibição de imagens de arquivo da banda em estúdio e com a tribo Xavantes nos anos 90 nos telões para mandarem "Kaiowas", em uma jam com Black Pantera, integrantes do Desalmado, alguns fãs sortudos selecionados e equipe nas percussões, incluindo novamente Dante Lucca em um dos violões.
Após o momento descontraído, "Dead Embryonic Cells" e "Biotech Is Godzilla" retomaram o clima mais "porrada" do show antes de "Agony of Defeat"; é sempre impressionante notar como essa música consegue ao mesmo tempo destoar e se encaixar tão bem no repertório!
O ápice do show novamente ficou por conta da trinca mais thrash metal com "Troops of Doom", "Inner Self" e "Arise", momento esse que sempre leva os fãs de diferentes gerações a loucura em todos os shows da banda e antecederam a breve saída do palco para o tradicional encore, na volta, o incansável Derrick Green menciona que o Sepultura irá embarcar para os EUA e posteriormente Europa para dar continuidade nesta turnê mas que o pensamento é de que os shows em São Paulo foram os melhores, na sequência chama Grayson que faz um curto solo que serve de introdução "Ratamahatta" seguida do desfecho com "Roots Bloody Roots", desse que teoricamente foi o último show solo do Sepultura na capital paulista (a banda foi confirmada para o dia 30 de março na edição de 2025 do festival Lollapalooza), mas seja como for, quem esteve presente em ao menos um desses 3 shows em São Paulo (ou em todos eles) certamente presenciou a maior banda do metal nacional em uma apresentação mais que digna de sua história de 4 décadas.
Setlist:
Introdução: War Pigs (Black Sabbath) / Polícia (Titãs) / Interlude (mix de introduções)
1. Refuse/Resist
2. Territory
3. Slave New World
4. Phantom Self
5. Dusted
6. Attitude
7. Breed Apart
8. Kairos
9. Means to an End
10. Sepulnation
11. Guardians of Earth
12. Mind War
13. False
14. Choke
15. Escape to the Void
16. Kaiowas
17. Dead Embryonic Cells
18. Biotech Is Godzilla
19. Agony of Defeat
20. Orgasmatron (Motörhead cover)
21. Troops of Doom
22. Inner Self
23. Arise
Encore:
24. Ratamahatta
25. Roots Bloody Roots
É chover no molhado falar sobre a performance do Sepultura ao vivo, seja qual for a formação a banda sempre entregou tudo ao vivo, mas falando especialmente sobre esses 3 shows na capital paulista isso fica ainda mais em evidencia, pois foram shows com quase duas horas de duração, estamos falando de músicos que já passaram dos 50 anos de idade, com exceção de Greyson Nekrutman é claro. E por falar no jovem baterista de apenas 22 anos, esse foi um ponto de destaque por conta de toda a expectativa a sua volta, algo totalmente justificável diante das circunstâncias, obviamente que as comparações com seu antecessor são inevitáveis, mas compreendendo e aceitando as diferenças naturais de estilos, o novo prodígio da bateria do Sepultura não decepcionou em nenhum momento.
Outro ponto interessante notado foi a mescla de diferentes gerações de fãs em meio ao público, era possível notar senhores na casa dos 60 anos de idade em meio a adolescentes e até mesmo crianças, o que mostra que a música do Sepultura foi capaz de sobreviver a todas as tendencias e mudanças mercadológicas, se mantendo atual e impactante por décadas.
Apesar do repertório abrangente de quase duas horas de duração citado anteriormente, obviamente que muita coisa boa inevitavelmente acabou ficando de fora, dos álbuns A-Lex (2009) e The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013), bem como o EP de estreia Bestial Devastation de 1985, não foram tocadas nenhuma música em nenhum dos 3 shows, enquanto dos álbuns Chaos A.D. e Roots tiveram nada mais nada menos que 5 temas de cada um no setlist, compreensível se levarmos em consideração que esses são os dois álbuns comercialmente mais bem sucedidos do grupo, mas com uma respeitável história de 40 anos seria impossível não ficar faltando alguma coisa, isso apenas mostra o quão rica e importante é a obra do Sepultura.
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